Policiais civis e militares se juntam para cobrar CPI da Segurança Pública em MS

Com os civis em greve e a Polícia Militar avaliando a possibilidade de um aquartelamento para esta segunda-feira (20), a união de forças visa saber os motivos da falta de um aumento maior que o previsto e a falta de estrutura das polícias.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Com os civis em greve e a Polícia Militar avaliando a possibilidade de um aquartelamento para esta segunda-feira (20), a união de forças visa saber os motivos da falta de um aumento maior que o previsto e a falta de estrutura das polícias.

 Cerca de 500 policiais civis e militares estão reunidos neste sábado (18) na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, coletando assinaturas para abertura da CPI da Segurança Pública em MS.
Com os civis em greve e a Polícia Militar avaliando a possibilidade de um aquartelamento para esta segunda-feira (20), a união de forças visa saber os motivos da falta de um aumento maior que o previsto e a falta de estrutura das polícias.

O presidente da ASC (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares, diz que o aumento proposto pelo governador André Puccinelli não paga nem a farda nova.

“Puccinelli não cumpre a lei que prevê a troca completa do fardamento para a tropa de seis em seis meses há três anos e agora propõe um reajuste de R$ 150. Não dá para comprar nem a calça, nem o coturno”, reclamou.

Edmar diz que já cansou de pedir, até implorar para o governador trocar o fardamento. “O Polícial Militar não gosta de se apresentar a população rasgado e com farda desbotada, então acaba tirando dinheiro do próprio bolso para representar bem o Estado”, avaliou. Estiveram na manifestação policiais de Paranaíba, Coxim, Dourados e Fátima do Sul.

A Polícia Civil também esteve no evento. Em greve, eles coletam assinaturas para instaurar uma CPI da Segurança Pública no Estado. De acordo com o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, a categoria quer saber o que foi feito com cerca de R$ 3 milhões em recursos que vieram para a Sejusp e que segundo eles, não foram investidos.

O presidente comentou a decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) de proibir os policiais de fazer greve. “A greve é um direito constitucional de todo trabalhador, garantido por lei”.

Com a paralisação, somente ontem, 300 boletins de ocorrência deixaram de ser registrados. “Foram feitos registros de 50 ocorrências”.

Para a Polícia Militar, a proposta para soldados, cabos e sargentos é de um reajuste de 7% em maio deste ano, 8 em maio do ano que vem e 20%, 14% e 12% respectivamente para as categorias em 2015, quando Puccinelli não será mais governador.

Conteúdos relacionados