Polícia faz perícia na casa de menino torturado e constata que ele vivia em canil

O caso chegou ao conhecimento da polícia na manhã desta quinta-feira (1), quando o garoto foi visto por um senhora na rua, apenas com uma mochila com peças de roupa. A intenção dele era fugir.

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O caso chegou ao conhecimento da polícia na manhã desta quinta-feira (1), quando o garoto foi visto por um senhora na rua, apenas com uma mochila com peças de roupa. A intenção dele era fugir.

Como se fosse o ‘terceiro cachorro’ da casa, o menino que sofria maus tratos vivia em um canil, nos fundos da casa no bairro Nova Lima. A atrocidade foi constatada na tarde desta quinta-feira (1), quando os policiais da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente) foram ao local.

“Ele vivia do lado de fora da casa, junto com os dois cães. E o furto que ele cometia, na qual o casal suspeito se refere, na verdade seriam bolachas, iogurte e comida que ele pegava quando ia a geladeira. Por isso foi feita a perícia, para deixar bem claro a ‘moradia’ do menino”, afirma a delegada Regina Márcia, responsável pelas investigações.

O caso chegou ao conhecimento da polícia na manhã desta quinta-feira (1), quando o garoto foi visto por um senhora na rua, apenas com uma mochila com peças de roupa. A intenção dele era fugir. “O médico legista já avaliou e concluiu que o menino possui fraturas calcificadas nas mãos, maxilar, mandíbulas, queimaduras e arranhões”, conta a delegada.

Em um desses dias de tortura, as investigações constataram que ele teve uma das unhas do pé arrancadas por um alicate, além das orelhas machucadas. O caso está sendo tratado por maus-tratos seguido de tortura. Este último, crime hediondo, prevê reclusão de até dez anos. Os investigadores ainda constataram que o homem e a mulher seriam tios do menino.

Questionada pelo Midiamax, uma vizinha disse que jamais desconfiou das agressões. “Meu filho é muito amigo da vítima, que estava sempre aqui em casa. Só que ele é bastante conversador e nunca nos disse nada. Realmente faz um mês que eu não o via, só que perguntei para a mulher um dia e ela disse que ele não estava saindo mais porque ela tinha colocado Sky na casa e ele estava assistindo. Nós ficamos chocados, choramos muito”, diz a vigilante Sandra Rodrigues, 25 anos

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