Nova operação da PM já prendeu mais 5 em combate a quadrilha de policiais corruptos

A operação visa desarticular quadrilhas compostas por civis e policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro nos municípios de Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Mundo Novo, Amambai, Sete Quedas, Batayporã e Campo Grande.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A operação visa desarticular quadrilhas compostas por civis e policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro nos municípios de Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Mundo Novo, Amambai, Sete Quedas, Batayporã e Campo Grande.

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Militar e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) iniciaram a Operação Fumus Malus (Fumaça do Mal) que envolve a região sul do Estado e tem como objetivo o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 29 mandados de busca. Cinco pessoas já foram presas até o momento.

A operação visa desarticular quadrilhas compostas por civis e policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro nos municípios de Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Mundo Novo, Amambai, Sete Quedas, Batayporã e Campo Grande.

Participam da operação, promotores do Gaeco, policiais militares da ACI, da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), do 14º Batalhão da Polícia Militar Rodoviário (14ºBPMRv), da Força Tática da PM do 1º, 9º e 10º Batalhão, além de auditores fiscais do Nurep.

O Comando Geral da PM informa, que da mesma forma que ocorreu na Operação Holambra, executada na última segunda-feira (24), já determinou que sejam instaurados, de imediato, mesmo antes da conclusão da apuração judicial, Conselho de Disciplina para em 30 dias verificar se a conduta desses policiais os permite permanecer nos quadros da Instituição ou se devem ser sumariamente excluídos.

“A população sul-mato-grossense precisa de uma resposta rápida da nossa Instituição sobre o envolvimento desses policiais com quadrilhas de contrabando de cigarros. Não somos e não seremos coniventes com os desvios de conduta da nossa Tropa, por isso determinei de imediato a instauração do Conselho de Disciplina” informou o Comandante Geral da PM, coronel Carlos Alberto Davi dos Santos.

Ameaças

Com o andamento das investigações, segundo pessoas próximas ao coronel Davi, policiais corruptos passaram a ameaçá-lo. Ainda segundo a fonte que não quer ser identificada, as ameaças começaram há cerca de um mês.

“As coisas estão sendo confirmadas. A polícia está analisando a extensão das ameaças. Com certeza, eles fizeram isso para intimidar o Comando a para com a ação”, disse a fonte.

A fonte ainda confirmou que o grupo que vem ameaçando o coronel Davi é o mesmo que fez ameaças ao major da Polícia Militar Rodoviária Joilson Queiroz Sant’Ana há cerca de um mês.

Na época, o major passou a andar escoltado por policiais da Cicgoe (Companhia Independente de Policiamento de Crises e Operações Especiais) para sua proteção.

As ameaças contra Joílson foram feitas devido às intensificações nos trabalhos de fiscalização nas rodovias contra o tráfico de drogas e o contrabando de mercadorias do Paraguai e da Bolívia.

Holambra

Desde o início desta semana, o Gaeco está realizando a Operação Holambra e prende policiais militares envolvidos com o crime organizado.

A operação é destinada a cumprir 34 mandados de busca e apreensão domiciliar, nove mandados de busca e apreensão de veículos, oito mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária.

Na segunda-feira (24), o Gaeco prendeu oito dos nove policiais militares envolvidos na denúncia de pagamento de propina que permitiria a passagem de contrabando do Paraguai. As informações são de que três militares são de Campo Grande e cinco de Sidrolândia. Um outro estaria foragido.

Segundo a polícia militar, os civis investigados foram levados para a sede do Gaeco e os policiais militares estão sendo ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar.

 

Conteúdos relacionados