Agentes de saúde fazem ocorrência policial contra sindicalista

Três agentes de saúde pública lotadas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registraram boletim de ocorrência policial na tarde de quarta-feira (12), em que apontam Amado Cheikh, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesp), de constrangê-los na rua diante de populares. As informações são da assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande. […]

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Três agentes de saúde pública lotadas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registraram boletim de ocorrência policial na tarde de quarta-feira (12), em que apontam Amado Cheikh, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesp), de constrangê-los na rua diante de populares. As informações são da assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande.

Segundo os relatos das agentes, o fato ocorreu em um ponto de ônibus na avenida Júlio de Castilho. Elas aguardavam a condução para retornarem às suas casas, quando foram abordadas pelo presidente do Sintesp. Ele teria proferido palavras desrespeitosas, gritando e gesticulando contra as servidoras por não aderirem à greve deflagrada no dia 4 de janeiro.

“O senhor Amado Cheikh se dirigiu a nós na frente de populares aos berros dizendo que por estarmos cumprindo nosso dever, preocupadas com o momento crítico que a cidade atravessa e com o avanço da dengue e da leishmaniose, que não tínhamos postura e muito menos conduta de servidores”, desabafou uma das agentes em relatório protocolado no CCZ.

A agente destacou, ainda, que tentou argumentar alegando que os funcionários têm o direito de escolha e ressaltou que em paralisação anterior o líder do movimento sindical se dirigiu às mesmas agentes e a outros colegas no mesmo tom, depreciando e ofendendo quem não participou da greve, declarando: “quem não reivindica seus direitos não faz seu trabalho bem feito”.

Situação atual

A greve iniciada no último dia quatro de janeiro pelos agentes de saúde pública e agentes de epidemiologia, liderados pelo Sintesp foi considerada ilegal e abusiva pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS).

O recurso foi solicitado pela prefeitura, que já designou a criação de comissões para apurar as infrações disciplinares praticadas por servidores ausentes do serviço.

A Secretaria Municipal de Administração (Semad) será responsável por realizar o desconto dos dias sem trabalho na remuneração mensal dos agentes, além de sustar o pagamento dos grevistas a partir do dia do fechamento da primeira prévia da folha de pagamento dos servidores municipais.

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