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Tantos anos de sofrimento, desilusões, perplexidade com escândalos e visível empobrecimento do Brasil serviram ao menos para despertar a sensibilidade e o bom senso da gente brasileira.
A surpreendente eleição de Bolsonaro foi um grito, um chega e um basta. O governo corrigiu e vem corrigindo muita coisa errada, devolveu paz no campo, fez explodir um crescimento do agronegócio fantástico, tem nas polícias uma eficiência nunca vista no combate às drogas. A corrupção está em níveis baixíssimos, restrita a tentativas e pequenas picaretagens, como se diz na gíria popular. Peca pelo comportamento do presidente, que não só o prejudicou como restringiu seu governo nas reformas tão necessárias. E o manteve isolado, restrito a uma corte limitada e inexperiente. Quando não de baixo nível.
É preciso, entretanto, se observar que a sociedade é outra, lamenta a postura presidencial, o negativismo e a negligência na pandemia, mas viu que o governo acabou agindo na direção correta e a vacinação, se não foi a ideal, tem sido razoável, mas não aceita a volta ao passado de aparelhamento e corrupção. Por isso, a terceira via pode ser a vitoriosa, mas o presidente ganha ao ser tão duramente atacado, pois a decepção é limitada e longe de chegar a considerar a sórdida campanha de que é vítima. A CPI da pandemia o ajudou a desconstruir esta oposição dos interesses contrariados e das ideologias do atraso e da ditadura. O PT e demais grupamentos de esquerda têm o mérito de não esconderem o apreço pelas “democracias” de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Não seria exagero achar que eles, hoje, têm os eleitores que não trabalham e não estudam, vivem da militância em meio ao ócio. Pelo que o ex presidente Lula vem declarando, inclusive no exterior, seu grupo está cada vez mais preso a um passado que nunca deu certo.
A oposição de esquerda continua fechada em seus dogmas e sua arrogância. Falar em cobrar mais impostos dos ricos, como disse Lula, é pensar que o povo não sabe que os ricos fogem ao primeiro perigo e o pobre fica sem emprego e sem abastecimento. Este discurso, que inclui o desastrado congelamento de preços ou interferências no mercado, não tem mais acolhida. O povo sabe o que é inflação alta, o que é controle de preços, o que é assustar o investimento. Dois alvos das esquerdas, empresários e policiais, já superam as investidas, pois o povo, o trabalhador, as classes médias sabem que ruim com eles, pior sem eles. Sem policiais prestigiados, a violência correria solta e sem patrões não haveria empregados. Devemos é enaltecer os bons e não generalizar.
O palavreado vazio e balofo não vinga mais. As “máquinas” de fabricar votos, hoje, são a postura equilibrada, a busca da qualidade nos serviços e na melhoria de vida de todos. Ordem e progresso, e não bagunça e atraso, estão na cabeça do chamado povão.
Os que passam vexame metidos em incoerência, mentiras, apelações demagógicas, pregação do ódio e da divisão perderam a chance. Por isso, se acertar no nome, vamos ter mesmo terceira via.
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