O que é O Livro de Mórmon?
Wilson Aquino, Jornalista e Professor, discorre sua livre opinião, a respeito dos obstáculos da vida, propondo soluções por um viés espiritual.
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O Livro de Mórmon é um volume de Escrituras Sagradas comparável à Bíblia, que contém um relato de duas grandes civilizações, antigos habitantes das Américas. Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como Nefitas e Lamanitas. A outra veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como Jareditas. Milhares de anos depois, foram todas destruídas, exceto os Lamanitas, que são os principais antepassados dos índios americanos.
O livro é um registro da comunicação de Deus com esses antigos habitantes e contém a plenitude do evangelho. Foi escrito por muitos profetas antigos, pelo Espírito de profecia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro, foram citadas e resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon, por volta de 400 d.C. Daí o nome do livro.
O acontecimento de maior relevância registrado no livro é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os Nefitas, logo após Sua ressurreição. O livro expõe as Doutrinas do Evangelho, delineia o Plano de Salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro.
Depois de terminar seus escritos, Mórmon entregou o relato a seu filho Morôni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as placas no Monte Cumora (América) aproximadamente entre 401 a 421 d.C.
O Livro de Mórmon, em placas de ouro, ficou então escondido, enterrado desde então, até que em 21 de setembro de 1823, o mesmo Morôni, então um ser ressurreto e glorificado, apareceu ao profeta Joseph Smith e instruiu-o a respeito do antigo registro e da tradução que deveria ser feita para o inglês.
Três anos antes, na primavera de 1820, Joseph Smith era um garoto de apenas 14 anos, que estava num dilema sobre em qual religião Cristã deveria se filiar. Depois de encontrar a Escritura de Thiago 1:25 (“E se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente…”) ele se retirou sozinho para um bosque próximo da sua casa, no meio rural, para orar ao Senhor. Foi então que a história da humanidade ganhou um novo e importante capítulo, quando o Senhor e Seu Filho, Jesus Cristo, apareceram a Ele, orientando-o para que aguardasse, pois Ele, o Senhor, lhe daria uma importante missão na Terra.
Três anos depois, aos 17 anos, o pequeno Joseph Smith recebeu então as primeiras orientações de Morôni. Somente depois de mais quatro anos de preparação, no dia 22 de setembro de 1827, as placas de ouro foram-lhe entregues para a tradução, que só terminou em junho de 1829. Durante esse período, Joseph passou por grandes perigos por conta de pessoas tentando roubar as placas de ouro, que foram devolvidas a Morôni após a tradução, depois que algumas pessoas testemunharem sua existência, manuseando-as, inclusive.
A impressão do Livro de Mórmon se deu então no dia 26 de março de 1830, quando os primeiros 5.000 exemplares foram impressos pela Livraria E. B. Gardin.
Junto com o livro, que é a Palavra de Deus, o Senhor orientou o profeta Joseph Smith a restabelecer a Sua igreja na Terra. Foi então que, nesse mesmo período foi organizada A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no dia 6 de abril de 1830.
Então, o Livro de Mórmon basicamente é isso, um conto épico do bem contra o mal na vida de homens e mulheres que viveram há muito tempo, mas que acreditavam em Cristo e até previram sua vinda.
Na verdade, Ele é o foco de toda história: Seu nascimento, ensinamentos e aparição nas Américas Antigas após a sua morte e ressurreição. Lembra-se quando Jesus Cristo disse: “Tenho outras ovelhas que não são desse aprisco”? Acontece que Seus fiéis nas Américas eram algumas dessas ovelhas e a parte principal do Livro de Mórmon descreve Sua visita e Ministério.
É por isso que o Livro de Mórmon é chamado de Outro Testemunho de Jesus Cristo. Na Bíblia, Paulo ensinou: “Pela boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda palavra” (2 Coríntios 13:1). Quando Deus ensina um princípio importante, Ele envia duas fontes para confirma-lo. O Livro de Mórmon e a Bíblia são testemunhas um do outro. Sendo que muitas pessoas hoje em dia se afastam de Deus e da religião, o fato de termos mais de uma testemunha de Sua Palavra pode nos ajudar a permanecer no caminho.
Ele pode levar paz e significado para a vida das pessoas. O Livro de Mórmon é um guia sobre como ter uma vida cheia de paz e felicidade. Um apóstolo moderno, Marion G. Romney, prometeu que: “ao lermos o Livro de Mórmon, o espírito desse grande livro envolverá o lar e os que nele habitam. O Espírito de reverência crescerá, assim como o respeito e a consideração mútuos. As discórdias desaparecerão. Os pais vão aconselhar os filhos com mais amor e sabedoria. Os filhos ficarão mais atentos e obedientes aos conselhos dos pais. Haverá mais retidão. A fé, a esperança e a caridade – o puro amor de Cristo – serão abundantes em nosso lar e em nossa vida, trazendo consigo paz, alegria e felicidade plena”.
A autenticidade do Livro de Mórmon se fará mais patente após uma investigação imparcial das circunstâncias que acompanharam o seu aparecimento. As teorias fantásticas propostas por inimigos predispostos sobre a origem do livro são, em geral, demasiado incongruentes e, na maior parte dos casos, sumamente pueris para merecer uma consideração séria.
As suposições de que o Livro de Mórmon é obra de um só autor, ou de um grupo de homens que trabalharam na combinação, ou que é uma novela ou uma composição moderna, refutam-se a si mesmas. O caráter sagrado das placas impediu que fossem exibidas para satisfazer a curiosidade pessoal; entretanto, várias testemunhas, como já disse, dignas de fé as examinaram e esses homens solenemente testemunharam delas ao mundo.
A Bíblia é uma testemunha de Jesus Cristo, o Livro de Mórmon é outra. Por que essa segunda testemunha é tão crucial? A ilustração feita pelo Élder Tad R. Callister pode ajudar: “Quantas linhas retas você pode traçar, passando por um único ponto, em uma folha de papel? A resposta é: infinitas. Suponha agora que esse ponto único representa a Bíblia, que as centenas de linhas retas traçadas passando por esse ponto representam as diferentes interpretações da Bíblia e que cada uma dessas interpretações representa uma igreja diferente.
O que aconteceria, porém, se naquela folha de papel houvesse um segundo ponto representando o Livro de Mórmon? Quantas linhas retas você pode desenhar passando por esses dois pontos de referência — a Bíblia e o Livro de Mórmon? Apenas uma. Apenas uma interpretação das doutrinas de Cristo sobrevive ao testemunho dessas duas testemunhas.
Vez após vez, o Livro de Mórmon age como uma testemunha confirmadora, esclarecedora e unificadora das doutrinas ensinadas na Bíblia”
Além disso, sua veracidade pode ser comprovada individualmente da mesma forma que para o pequeno Joseph, que recorreu à passagem de Thiago 1:25 (“E se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente…”). O Senhor responderá e o fará sentir no peito e na alma a veracidade do livro, que é a Sua Palavra.
*Jornalista e Professor
(Com informações de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias)
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