Ministros do G7 pedem pautas humanitárias na Faixa de Gaza
Grupo também pede ao Irã que não desestabilize Oriente Médio
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O G7 afirma que o Irã não deve apoiar o Hamas, nem adotar medidas que desestabilizem o Oriente Médio. O grupo diz que condena “de modo inequívoco” o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, e acrescenta que os israelenses têm o direito de se defender, além de ressaltar que todos os reféns devem ser libertados. Mas também destaca a importância de defender civis dos dois lados do conflito, além de enfatizar a “necessidade urgente” de se lidar com a piora no quadro humanitário na Faixa de Gaza.
Formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, o G7 divulgou comunicado nesta quarta-feira (8), após reunião de seus ministros das Relações Exteriores em Tóquio, com a presença também do Alto Representante da União Europeia. Na nota, o grupo envia condolências às vítimas dos ataques do Hamas, bem como a todos os civis, palestinos, israelenses e outros, que tenham morrido ou se ferido no conflito no Oriente Médio. “Israelenses e palestinos têm direito igual a viver em segurança, com dignidade e paz”, afirma.
O G7 ressalta a importância de se permitir o apoio humanitário aos civis sem impedimentos, incluindo água, alimentos, assistência médica, combustível e abrigo, bem como o acesso para os trabalhadores humanitários. “Nós apoiamos pausas humanitárias e corredores para facilitar a assistência urgentemente necessária, o movimento de civis e a liberação de reféns”, afirma o grupo. “Cidadãos estrangeiros também precisam ter permissão para continuar a partir”, acrescenta.
O G7 lembra da importância de se proteger civis e cumprir a lei internacional, em particular a humanitária. Desde 7 de outubro, membros do grupo já se comprometeram com mais US$ 500 milhões para o povo palestino, inclusive por meio de agências da Organização das Nações Unidas e de outros canais humanitários, informa.
O grupo afirma que trabalha, junto com outros parceiros, de modo intenso para evitar uma escalada e maior disseminação do conflito. Também trabalha para impor sanções e outras medidas para evitar que o Hamas consiga levantar fundos “para realizar atrocidades”. O G7 afirma estar comprometido para preparar soluções de longo prazo e sustentáveis para Gaza. “Ressaltamos que uma solução de dois Estados, que tenha Israel e um Estado palestino estável vivendo lado a lado em paz, segurança e com reconhecimento mútuo, continua a ser o único caminho para uma paz justa, duradoura e segura”.
Os integrantes do G7 se dirigem especificamente ao Irã no comunicado, ao pedir que o país não dê apoio ao Hamas nem adote ações que possam desestabilizar o Oriente Médio, inclusive apoio ao grupo libanês Hezbollah e a outros atores não estatais. Também solicita que Teerã use sua influência com esses grupos para acalmar o quadro. O G7 reafirma que o Irã nunca poderá desenvolver armas nucleares e precisa recuar na escalada de seu programa nuclear, além de lamentar a piora no quadro dos direitos humanos no país.
Ucrânia
O G7 menciona a guerra na Ucrânia, e reafirma apoio à independência e à soberania do país. Para o grupo, uma paz “justa e duradoura” pode ocorrer apenas com a retirada completa, imediata e incondicional das tropas da Rússia de todo o território ucraniano. O compromisso com a integridade territorial da Ucrânia não será abalado, garante. O G7 ainda critica a “retórica nuclear irresponsável” da Rússia e o envio de armas nucleares a Belarus.
Sobre a China, o G7 se diz preparado para construir “relações construtivas e estáveis”. O grupo nega que busque um desacoplamento com a economia chinesa, mas acrescenta que a busca por resiliência econômica inclui reduzir riscos e diversificar. No trecho sobre a China, também menciona que pretende “fomentar a resiliência à coerção econômica” e que reconhece a necessidade de proteger certas tecnologias avançadas que poderiam ser usadas para ameaçar a segurança nacional dos países.
Notícias mais lidas agora
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio de Campo Grande
- Semadur admite que constatou irregularidades em bar que virou pesadelo para moradores no Jardim dos Estados
- Dono de espetinho preso por vender carne em meio a baratas e moscas é solto com fiança de R$ 1,4 mil
Últimas Notícias
Censo Moradias revela disparidade social na fronteira e aldeias de Mato Grosso do Sul
Diferente do restante do Estado, indígenas tem menos acesso à internet e máquina de lavar roupa
IFMS divulga resultado do exame de seleção 2025 para 11 cursos técnicos integrados ao ensino médio
O período para matrícula online da 1ª chamada começa nesta sexta-feira (13)
Hospital Universitário da UFMS realiza mutirão de cirurgias neste sábado em Campo Grande
Objetivo é ampliar o atendimento e reduzir as listas de espera por exames e cirurgias no SUS
Na última sessão de 2024, deputados estaduais aprovam seis projetos
Projetos seguem para sanção do Governo de Mato Grosso do Sull
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.