O governo da Rússia está analisando a possibilidade de promover, em 12 de janeiro, uma reunião com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A proposta do encontro foi apresentada pela instituição a Moscou em meio à escalada das tensões entre o país governado por Vladimir Putin e a Ucrânia, segundo informações da agência TASS.

O conselho militar da Otan se reunirá em Bruxelas nos dias 12 a 13 do próximo mês. Em nota, a organização informou que seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, teve a iniciativa de convocar o encontro com as autoridades de Moscou. “Estamos em contato com a Rússia a respeito da reunião”, diz a nota.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou à agência que a data e o formato do encontro, bem como a composição da delegação russa, estavam sendo discutidos.

Hoje mais cedo, Putin disse que vai ponderar uma série de ações caso o Ocidente não pressione por garantias de que a Otan deixará de atuar em apoio à Ucrânia.

Recentemente, Moscou apresentou esboços de documentos de segurança exigindo que a Otan negue adesão da Ucrânia e outros países da ex-União Soviética, além de recuar em posições militares na Europa Central e Oriental.

A principal demanda é uma espécie de garantia de que os ucranianos nunca serão membros da Otan. Nessa semana, o governante russo culpou o Ocidente pelas “tensões que estão se acumulando na Europa”.

Nesse contexto de incertezas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu uma desescalada de tensões à Rússia, e disse que Bruxelas está em uma posição de “impor sanções que podem causar grandes custos” a Moscou.