Governo da China diz que ação sobre responsabilidade do coronavírus é ilegal

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse hoje (24), em coletiva de imprensa, que qualquer ação judicial movida contra o país sobre a pandemia do novo coronavírus tem “zero base factual e de direito internacional”. Wang afirmou que a China foi vítima da pandemia global ao lado de outros países e que […]

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse hoje (24), em coletiva de imprensa, que qualquer ação judicial movida contra o país sobre a pandemia do novo coronavírus tem “zero base factual e de direito internacional”.

Wang afirmou que a China foi vítima da pandemia global ao lado de outros países e que Pequim buscou ajudar outros governos necessitados. “Uma política do vírus também está se espalhando nos Estados Unidos, o que significa que você tem todas as chances de atacar e desacreditar a China. Alguns políticos dos EUA, indiferentes a fatos básicos, fabricaram muitas mentiras e criaram muitas conspirações”, disse Wang.

Países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada às Nações Unidas, concordaram, no começo da semana, na abertura de uma investigação sobre a resposta global à pandemia. O  movimento acontece ao passo em que o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, ameaça retirar o financiamento de seu país ao órgão, acusando a OMS de acobertar a origem da pandemia em favor dos chineses.

O ministro chinês disse, durante a coletiva deste domingo, que a instauração de tais ações se sobrepõem ao Estado de direito internacional. “É falso, injustificável e ilegal. Aqueles que praticam tal litígio contra a China estão vivendo em um devaneio e se humilharão”, acrescentou Wang.

Wang defendeu que os EUA e a China trabalhem juntos, apesar de suas muitas diferenças, no gerenciamento do impacto global da covid-19 e nos reflexos na economia global. “Devemos começar a comunicar e coordenar nossas macro políticas para mitigar o impacto do Covid-19 em nossas economias e na economia mundial”, disse Wang. “É verdade que temos muitas divergências, mas isso não impede a cooperação”, defendeu. (Com agências internacionais)

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