Finlândia nomeia a mais jovem primeira-ministra da história do país

Os sociais-democratas da Finlândia escolheram neste domingo (8), a ministra dos Transportes Sanna Marin, de 34 anos, para se tornar a mais jovem primeira-ministra do país, já na próxima semana. As eleições aconteceram após a renúncia do então premiê Antti Rinne, na última terça-feira (3). Rinne renunciou depois que membros do Partido do Centro, que […]

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Foto: Laura Kotila | Divulgação
Foto: Laura Kotila | Divulgação

Os sociais-democratas da Finlândia escolheram neste domingo (8), a ministra dos Transportes Sanna Marin, de 34 anos, para se tornar a mais jovem primeira-ministra do país, já na próxima semana. As eleições aconteceram após a renúncia do então premiê Antti Rinne, na última terça-feira (3).

Rinne renunciou depois que membros do Partido do Centro, que fazia parte da coalizão pró-governo, irem a público declarar que haviam perdido a confiança nele ao lidar com uma greve postal, que rapidamente se espalhou para outras indústrias, como a companhia aérea Finnair.

De acordo com o Helsingin Sanomat, o maior jornal da Finlândia, e o tabloide Ilta-Sanomat, a escolha de Marin como primeira-ministra é um feito inédito no país nórdico de pouco mais de 5,5 milhões de habitantes. Ela ganhou com um total de 32 votos. Seu rival teve 29.

Marin é a atual vice-presidente do Partido Social Democrata e também é parlamentar desde 2015. Ela já atuou como ministra da Comunicação e ocupava até hoje o cargo de ministra dos Transportes. A última etapa agora envolve a aprovação do nome da jovem no Parlamento, o que já é dado como certo pelo partido.

Além de comandar o país, ela também terá grandes desafios pela frente. Como a Finlândia ocupa a presidência rotativa da União Europeia, Marin deve se a apresentar rapidamente ao Conselho Europeu não apenas para presidir as próxima reuniões, como também para defender os interesses de seu país. A próxima reunião da Cúpula de Bruxelas, na Bélgica, já está marcada para ocorrer na próxima semana, entre os dias 12 e 13 de dezembro.

Outro desafio para Marin será conseguir reunir os partidos sócio-democratas da Finlândia. Com a renúncia de Rinne, o Partido do Centro se retirou da coalizão pró-governo que formava com partidos menores, porém estratégicos, como é o caso dos Verdes, da Aliança de Esquerda e do Partido Popular Sueco da Finlândia.

No entanto, tudo indica que o campo será favorável para a jovem. Ainda neste domingo, os sócio-democratas e outros partidos da coalizão disseram que vão continuar comprometidos com o plano de governo, eleito em abril de 2019. E mesmo com as recentes baixas, o governo ainda terá uma maioria confortável de 117 assentos – de um total de 200 -, no Eduskunta, nome dado ao Parlamento finlandês.

Rinne também não sairá totalmente de cena. A ideia é que o ex-premiê continue no governo, agora como vice-presidente do parlamento. Enquanto a informação não se confirma, fontes dentro do Partido Social Democrata já disseram que ele segue como o presidente do partido. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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