Ministro chileno cai após relativizar crimes da ditadura
O ministro chileno da Cultura renunciou nesta segunda-feira (13), meses depois de assumir a pasta, após críticas que fez ao museu de direitos humanos de Santiago virem à tona. Mauricio Rojas questionou a validade do Museu da História e dos Direitos Humanos, aberto em 2010, que documenta abusos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-90). O […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O ministro chileno da Cultura renunciou nesta segunda-feira (13), meses depois de assumir a pasta, após críticas que fez ao museu de direitos humanos de Santiago virem à tona.
Mauricio Rojas questionou a validade do Museu da História e dos Direitos Humanos, aberto em 2010, que documenta abusos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-90). O museu foi inaugurado pela ex-presidente Michelle Bachelet, que foi torturada durante a ditadura.
“Mais do que um museu, é uma instalação cujo propósito é chocar o espectador, deixando-o atônito e impedindo que racionalize”, afirmou Rojas em um livro publicado em 2015. “É uma manipulação da história. Um uso impreciso e desavergonhado de uma tragédia nacional que tocou muitos de nós diretamente.”
As declarações vieram à tona no fim de semana, desatando uma onda de críticas tanto da direita quanto da esquerda, com músicos, escritores e atores encabeçando os pedidos para que renunciasse.
No sábado, Rojas disse nas redes sociais que o teor do comentário não reflete sua visão e que ele “nunca minimizou nem justificou as violações de direitos humanos inaceitáveis, sistemáticas e graves que ocorreram no Chile”.
O caso é mais uma dor de cabeça para Piñera, que teve de remover três ministros na semana, com apenas cinco meses no poder. Piñera rejeitou os comentários de Rojas sobre o museu.
“No melhor interesse do nosso país, pelo bem-estar de nossos compatriotas e pelo bom funcionamento do nosso governo, decidi aceitar sua renúncia”, disse Piñera.
Entretanto, o presidente afirmou também que tampouco compartilha a “intenção de certos setores de nosso país que pretendem impor uma verdade única e que não têm tolerância nem respeito pela liberdade de expressão e liberdade de opinião de nossos compatriotas”.
Rojas será substituído pela arqueóloga Consuelo Valdés. Cerca de 3 mil pessoas desapareceram e 28 mil foram torturadas durante a ditadura Pinochet.
Notícias mais lidas agora
- Morto em acidente entre caminhonete e carreta na MS-306 era gerente de fazendas
- Professor que chamou alunos de ‘pobres’ já teria assediado menina em troca de nota alta na prova
- VÍDEO: Motorista escapa de ser atingido por árvore em Campo Grande por 10 segundos
- Menina é levada para UPA e mãe descobre que criança foi estuprada em Campo Grande
Últimas Notícias
Segunda fase do Sul-Mato-Grossense Sub-17 tem oito partidas neste sábado
Oito partida pela segunda fase do Sul-Mato-Grossense Sub 17
Novo piloto da F-1, brasileiro Gabriel Bortoleto já faz sucesso nas buscas do Google
Crescimento foi de incríveis 890% de um dia para o outro
Adolescente que conduzia carro é apreendido com 100 quilos de maconha na MS-156
Entorpecente está avaliado em R$ 251 mil
Motorista de caminhão fica preso às ferragens em outro acidente na BR-163
Um dos caminhões colidiu na traseira do veículo que seguia à sua frente
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.