Secretário de Estado dos EUA diz que ataque químico na Síria foi ‘erro’ russo

Declaração foi feita durante entrevista a CBS

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Declaração foi feita durante entrevista a CBS

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse neste domingo (9) que o ataque químico da semana passada na Síria se deve ao “erro” da Rússia na hora de garantir a destruição do arsenal químico sírio e de controlar o líder sírio, Bashar al-Assad. As informações são da agência EFE.

“O resultado do erro [russo] levou à morte de mais crianças e inocentes”, afirmou Tillerson em entrevista à emissora norte-americana CBS. O secretário afirmou que não tem provas de que a Rússia participou do ataque da última terça-feira (4) com armas químicas contra uma cidade controlada pelos rebeldes na província de Idlib, o que levou os Estados Unidos a bombardear com 59 mísseis uma base aérea síria em represália.

O Pentágono, que credita ao governo sírio a autoria do ataque, está investigando para saber se os russos conheciam anteriormente as intenções sírias de bombardear a população civil com armas químicas. Tillerson lembrou que a Rússia ofereceu em 2013 “certas garantias” e era o “fiador da destruição de todo o arsenal químico da Síria”.

Em 2014, os Estados Unidos finalizaram a destruição do que acreditavam ser todo o arsenal químico do governo sírio, que foi entregue a Washington por mediação da Rússia, após outro ataque químico que deixou mais de 1,4 mil mortos e do qual Assad se desvinculou.

“A Rússia falhou com esse compromisso”, disse o secretário de Estado, que viajará à Itália para participar da reunião ministerial do G7 que ocorre amanhã (10) e terça-feira (11) e serve de preparação para a cúpula de chefes de governo em maio.

Já na quarta-feira (12), Tillerson chegará a Moscou para as primeiras reuniões de alto nível da nova administração americana com o governo do presidente russo, Vladimir Putin. Ele também afirmou que não acredita que a Rússia responderá ao bombardeio americano de quinta-feira, já que suas tropas, aliadas de Assad, não eram alvo do ataque com mísseis Tomahawk, que foi feito de maneira “muito proporcional e precisa”.

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