Presidente da Venezuela ativa plano militar para conter ‘golpe de Estado’
Maduro convocou junção de Forças Armadas, Polícia e Guarda Nacional
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Maduro convocou junção de Forças Armadas, Polícia e Guarda Nacional
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou em rede nacional na noite desta terça-feira (18) a ativação do Plano Zamora, que põe à ordem do governo as Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia, a Milícia (força armada civil do Estado) e os coletivos armados chavistas.
A convocação às ruas foi feita horas antes dos protestos marcados contra e a favor do governo de Maduro. Ambos os lados afirmam que as manifestações serão as maiores em um mês.
Os grupos militares convocados deverão garantir a defesa dos atos chavistas e conter a chegada dos opositores a áreas estratégicas como o centro de Caracas, onde estão as sedes dos três Poderes venezuelanos.
Maduro alega que convocou o plano militar para impedir o uso da violência por parte de seus adversários políticos que teriam e a “intenção dos EUA de tomar de assalto o poder político na Venezuela”.
O presidente afirma que é vítima de um golpe de Estado, como teria ocorrido com Hugo Cháves (1954-2013). Porém, Maduro alega que irá “combater os golpistas, com o povo e as Forças Armadas unidas a favor da Revolução Bolivariana”.
Em nota, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática disse que a intenção do presidente é intimidar os manifestantes com o envio das tropas, e criminalizar as mobilizações opositoras. A oposição pediu que os manifestantes não recuem.
“Mais uma vez Maduro insiste em denunciar guerras imaginárias e conspirações inexistentes, com o único objetivo de tentar intimidar o povo venezuelano”, afirma a união de partidos, que repudiou as declarações do presidente contra o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges.
Rechaçado pela Assembleia Nacional, Maduro acusou o órgão legislativo de se aliar aos EUA para arquitetar o golpe. “Eles [opositores] fracassaram na Assembleia Nacional e reduziram a oposição venezuelana a nada. Agora usam a violência e ajuda da intervenção dos EUA”, disse no comunicado televisionado.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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