Consequência da Lava Jato, presidente do Peru pode ser afastado nesta quinta

Congresso peruano decide vota se destitui presidente

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Congresso peruano decide vota se destitui presidente

O Congresso peruano votará nesta quinta-feira (21) se destitui ou não o presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski suspeito de corrupção. PPK, como é conhecido o mandatário, é acusado de receber propina para favorecer a empreiteira brasileira Odebrecht quando atuava como ministro entre 2004 e 2006.

Se aprovado pela maioria do parlamento, Kuczynski deixará o cargo pouco mais de um ano após tomar posse e uma semana após as acusações virem à tona. A deposição tem cenário favorável, pois a oposição representa hoje a maioria do Parlamento peruano, que é unicameral.

A votação desta quinta-feira é uma consequência da Operação Lava Jato na América Latina. A investigação chegou até agora a 12 países da região e mais de 70 autoridades políticas ou pessoas próximas.

Consequência da Lava Jato, presidente do Peru pode ser afastado nesta quinta

Em alguns casos, como no México e Venezuela, o governo local tem colocado panos quentes, dificultando o avanço das investigações. Se impedido, Kuczynski será a maior autoridade até agora atingida pelos desdobramentos da operação brasileira.

 Caso PPK seja afastado pela suspeita de receber US$ 5 milhões por intermédio de consultorias, assumirá o poder o primeiro vice-presidente –há dois no país, que são pressionados a renunciarem do cargo para abrir caminho a novas eleições.

Investigações da Operação La Jato apurou que a Odebrecht pagou mais de US$ 782 mil à empresa Westfield Capital, do atual presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, por serviços de consultoria realizados entre 2004 e 2007, em um documento da construtora brasileira enviado à comissão parlamentar que investiga os desdobramentos da Operação Lava Jato naquele país sul-americano.

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