Novo primeiro-ministro italiano, Paolo Gentilon, apresenta equipe de governo

Dos 16 ministros 75% foram mantidos 

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Dos 16 ministros 75% foram mantidos 

Encarregado de formar o governo após a renúncia do premier Matteo Renzi, o novo primeiro-ministro italiano, Paolo Gentilon,i apresentou nesta segunda-feira (12), ao presidente Sergio Mattarella, a lista de ministros que farão parte de seu gabinete.

Gentiloni e o chefe de Estado se reuniram por pouco mais de uma hora no Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, em Roma, e acertaram a equipe que governará a Itália daqui para frente. As informações são da Agência Ansa.

Dos 16 ministros de Renzi, 75% foram mantidos em suas pastas: Pier Carlo Padoan (Finanças) – que era cotado para ser premier -, Andrea Orlando (Justiça), Roberta Pinotti (Defesa), Carlo Calenda (Desenvolvimento Econômico), Maurizio Martina (Agricultura), Marianna Madia (Administração Pública), Gian Luca Galletti (Ambiente), Graziano Delrio (Infraestrutura), Beatrice Lorenzin (Saúde), Dario Franceschini (Bens Culturais), Giuliano Poletti (Trabalho) e Enrico Costa (Assuntos Regionais).

No entanto, Gentiloni promoveu duas mudanças importantes. A primeira foi deslocar o conservador Angelino Alfano do Ministério do Interior para o das Relações Exteriores, que era comandado até então pelo novo premier. Líder do partido Nova Centro-Direita (NCD), Alfano é essencial para garantir maioria ao centro-esquerdista Partido Democrático (PD) no Senado.

A outra foi na pasta de Relações com o Parlamento, com a saída da jovem Maria Elena Boschi, braço direito de Renzi e “mãe” da reforma constitucional rejeitada no referendo de 4 de dezembro, para a chegada da experiente Anna Finocchiaro.

Contudo, Boschi foi mantida no governo, mas no posto de subsecretária da Presidência do Conselho dos Ministros, que será chefiado por Gentiloni. Ela substitui Luca Lotti, tido por muitos como o aliado mais fiel a Renzi e que assumirá o Ministério do Esporte.

Completam o gabinete do novo primeiro-ministro: Claudio De Vincenti (Coesão Territorial), Marco Minniti (Interior) e Valeria Fedeli (Instrução). “Fiz o meu melhor para formar o novo governo o mais rapidamente possível, no interesse da estabilidade das instituições”, declarou Gentiloni após a reunião com Mattarella.

O premier garantiu que continuará as “inovações” promovidas por Renzi e trabalhará para aprovar uma nova lei eleitoral. “Mas não ignoro as dificuldades políticas que derivam do resultado do referendo e da sucessiva crise política. São dificuldades que devemos enfrentar”, acrescentou.

O novo governo, o 64º em 70 anos de República, prestou juramento no início da noite (17h em Brasília) desta segunda-feira (12) e se submeterá ao voto de confiança da Câmara dos Deputados e do Senado na terça (13) e na quarta (14).

Gentiloni, de 62 anos, foi designado por Mattarella para formar um novo governo após a renúncia de Renzi, derrotado no referendo de 4 de dezembro. Membro de família nobre e ex-comunista, ele tem uma longa trajetória de militância na esquerda e já foi ministro das Comunicações (2006-2008) e das Relações Exteriores (2014-2016).

Seu primeiro compromisso internacional como premier será a reunião do Conselho Europeu, na próxima quinta-feira (15).

 

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