Inteligência americana prevê provável transição presidencial em Cuba em 2018

Relatório prevê que as condições de vida em Cuba continuarão a ser “pobres”

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Relatório prevê que as condições de vida em Cuba continuarão a ser “pobres”

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos consideram que Cuba se prepara para uma “provável transição presidencial em 2018”, afirmou nesta terça-feira o diretor nacional de Inteligência, James Clapper.

“Os líderes cubanos permanecerão focados em preservar o controle político (do país) enquanto se preparam para uma provável transição presidencial em 2018”, avaliou o relatório anual da comunidade de inteligência americana, apresentado hoje por Clapper ao comitê de Serviços Armados do Senado.

O relatório também antecipou que as autoridades cubanas “manterão a um ritmo lento as reformas econômicas destinadas a reduzir o controle estatal na economia e a promover a atividade econômica privada”.

Os serviços de inteligência americanos atribuem esta última parte à “provável resistência de altos líderes e funcionários governamentais, preocupados que mudanças rápidas possam provocar distúrbios”.

O relatório prevê que as condições de vida em Cuba continuarão a ser “pobres”, o que, unido aos temores de que os Estados Unidos alterem a lei de ajuste cubano, que atualmente permite aos emigrantes da ilha se tornarem residentes permanentes legais nos EUA, “manterão a crescente migração de imigrantes ilegais cubanos”.

O relatório lembrou que esta imigração de cubanos foi particularmente alta na fronteira sudoeste com o México, por onde no ano fiscal de 2015, que terminou em 31 de outubro, entraram 31 mil cubanos nos EUA, que reivindicaram o status de refugiado político de acordo com a lei de ajuste e obtiveram residência.

Esse número é 76% superior ao fluxo migratório de cubanos por essa fronteira no ano fiscal anterior, segundo o relatório.

O presidente cubano, Raúl Castro, começou em fevereiro de 2013 seu segundo mandato de cinco anos, que deve terminar em 2018, e se prevê que seja o último, se ele cumprir sua intenção de limitar a permanência em cargos políticos a no máximo de 10 anos.

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