Grupo guerrilheiro e governo da assinarão acordo na segunda

Após assinar acordo de paz com o governo colombiano, as  (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) devem depor as armas e passar a atuar como partido político. O nome da legenda ainda não foi escolhido.

O ex-guerrilheiro Iván Márquez afirma, citado pelo jornal colombiano El Tiempo, que o grupo “tem o olhar no futuro sobre como vai ingressar na política, como fazer esse novo projeto politico”.

O membro do grupo afirmou a jornalistas que as Farc “apenas deu os primeiros passos” rumo a um novo caminho. Um dos nomes cotados é ‘Movimento Bolivariano por uma Nova Colômbia', mas ainda não há consenso.

O nome, ainda não definimos. Estamos escutando propostas que chegam dos guerrilheiros. Eles nos sugerem uma boa quantidade de nomes, alguns muito atrativos. Quase todos, porque quando os guerrilheiros opinam, opinam com o coração”, afirma o líder do ex-grupo paramilitar e futuro partido.

Márquez é chefe da delegação das Farc nas negociações em Havana. Ele representou a organização, nos acordos realizados em Cuba com o presidente Juan Manuel Santos, mediados pelo presidente cubano Raúl Castro.

Presença brasileira

A assinatura do acordo, que decretará oficialmente o fim do conflito de décadas entre o governo e as Farc, será realizada na próxima segunda-feira (26), em Cartagena das Índias. De acordo com o Jornal do Brasil, o presidente brasileiro Michel Temer desistiu de participar da cerimônia.

O periódico fluminense afirma que Temer havia prometido a Juan Manuel Santos que estaria presente no evento, no encontro que tiveram na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York.

Mais tarde, ele anunciou que ficaria para tratar de assuntos internos. O Brasil será representado por José Serra, ministro das Relações Exteriores.