Unesco chama de ‘crime de guerra’ destruição da Nimrud, no Iraque

Grupo jihadista começou a destruir ruínas de mais de 3,3 mil anos

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Grupo jihadista começou a destruir ruínas de mais de 3,3 mil anos

A Unesco criticou e condenou nesta sexta-feira (6) a destruição da antiga cidade assíria de Nimrud, no Iraque, pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que chamou de “crime de guerra”.

“Condeno com a maior firmeza a destruição do território de Nimrud”, afirma a diretora da Unesco, Irina Bokova, em um comunicado.

“Não podemos permanecer em silêncio. A destruição deliberada do patrimônio cultural constitui um crime de guerra. Faço um apelo a todos os dirigentes políticos e religiosos da região para que atuem contra este novo ato de barbárie”, completou.

Bokova destacou ter informado o presidente do Conselho de Segurança da ONU e o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional sobre o tema.

Ela apelou ao conjunto da comunidade internacional por uma “união de esforços para interromper a catástrofe”.

“A limpeza cultural de que é objeto o Iraque não para diante de nada nem de ninguém: tem como objetivo a vida humana e as minorias, além de ser acompanhada pela destruição sistemática de um patrimônio milenar da humanidade”, destacou Bokova.

Segundo o ministério iraquiano do Turismo, o grupo EI começou na quinta-feira a destruir as ruínas assírias de Nimrud, poucas horas depois da divulgação de um vídeo noa qual os jihadistas mostram a destruição de esculturas pré-islâmicas de valor incalculável na região norte do Iraque.

A cidade de Nimrud, fundada há mais de 3.300 anos, foi uma capital do império assírio. Fica à margem do rio Tigre, a 30 km de Mossul, a grande cidade do norte do Iraque, controlada pelo EI desde junho do ano passado.

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