Negro americano que passou 12 anos no corredor da morte é inocentado

Um telefonema provou que ele não estava no local do crime

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Um telefonema provou que ele não estava no local do crime

Um homem negro que passou mais de 12 anos no corredor da morte no Texas foi inocentado nesta terça-feira (9), na 153ª decisão deste tipo em quatro décadas nos Estados Unidos, informou o Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC).

“Entrei aqui como um homem inocente e volto a sair como um homem inocente. Estou certo de que há muitos mais nesta situação”, disse Alfred Dewayne Brown, libertado na segunda-feira (8) de uma prisão de Houston.

O promotor do condado de Harris, Devon Anderson, anunciou a anulação de todas as acusações contra Brown, e renunciou a um novo julgamento, como determinou um tribunal doTexas no ano passado.

Brown, de 33 anos, foi condenado à morte em 2005 pelo assassinato de duas pessoas, inclusive um policial, durante um assalto a banco em abril de 2003.

Desde o início, Brown alegou inocência, mas não tinha álibi por estar só no apartamento de sua namorada no momento do crime.

Mas a promotoria tinha a informação – não entregue à defesa – sobre um telefonema que Brown realizou logo após saber do tiroteio no Banco pela televisão, o que o afastava do local do crime.

A namorada de Brown, que testemunhou contra ele, supostamente agiu sob coação da polícia.

“Este caso é um novo exemplo perturbador dos comportamentos típicos da polícia e da promotoria que em muitas situações leva à pena de morte”, destacou Robert Dunham, diretor do DPIC.

 

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