Mulher com cidadania brasileira está entre vítimas de atentado na Tunísia
Maria da Glória Moreira também tem cidadania portuguesa
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Maria da Glória Moreira também tem cidadania portuguesa
Uma mulher com dupla cidadania portuguesa e brasileira está entre os mortos no atentado que matou 39 pessoas, a maioria estrangeiras, na semana passada em um hotel de praia na Tunísia. Segundo o Itamaraty, Maria da Glória Moreira é a única pessoa com cidadania brasileira registrada como vítima no ataque.
De acordo com o órgão, o caso foi tratado desde o princípio pela Embaixada de Portugal em Túnis – Maria da Glória vivia em Portugal e passava férias no balneário tunisiano. A Embaixada do Brasil no país colocou-se à disposição dos familiares dela que estão no local, segundo o Itamaraty.
Segundo a imprensa portuguesa, Maria da Glória viajou durante muitos anos para a região de Sousse, onde ocorreu o ataque, com o marido, e voltou desta vez sozinha, dois anos após a morte de seu companheiro. Ela voltaria nesta segunda-feira (29) a Portugal para comemorar o aniversário de um de seus netos.
Treinamento
O atirador tunisiano que atacou o hotel na sexta-feira (26) provavelmente passou algum tempo em um campo de treinamento na Líbia e tinha estado em contato com militantes ao longo da fronteira, disse uma fonte do setor de segurança nesta terça-feira (30).
O ataque contra o hotel de praia Imperial Marhaba, na popular estância turística de Sousse, ocorreu poucos meses depois de militantes atacarem o Museu do Bardo, em Túnis, matando 21 pessoas e impondo um duro golpe ao setor turístico, vital para a economia do país.
Os investigadores estão averiguando se o atirador, o estudante Saif Rezgui, havia recebido treinamento em um acampamento militante jihadista na Líbia. As autoridades também prenderam outras três pessoas por ajudarem a planejar o ataque, disse uma fonte do setor de segurança.
“As investigações mostram que Saif Rezgui esteve em contato com terroristas na Líbia e provavelmente foi treinado em um acampamento na Líbia”, disse uma autoridade à Reuters.
A Líbia está mergulhada em uma batalha entre dois governos rivais e suas facções armadas, o que levou o país a se tornar um alvo para os adeptos do Estado Islâmico e outros grupos jihadistas que se aproveitam do caos no país.
Os dois homens responsáveis pelo atentado ao museu do Bardo, em março, também tinham clandestinamente cruzado para a Líbia para treinamento, no final do ano passado, disseram os investigadores.
O homem que atacou Sousse foi morto a tiros pela polícia em frente ao hotel. O Ministério da Saúde da Tunísia disse nesta terça-feira que até agora identificou 27 corpos de vítimas do ataque na sexta-feira, incluindo 19 britânicos, três irlandeses, um belga, dois alemães, um cidadão russo e um português.
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