Morte de menina Sofia gera comoção nas redes sociais

A fanpage “Ajude a Sofia”, criada para divulgar o caso, tem mais de 1 milhão e meio de seguidores

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A fanpage “Ajude a Sofia”, criada para divulgar o caso, tem mais de 1 milhão e meio de seguidores

A notícia de que a menina Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e oito meses, morreu na madrugada desta segunda-feira em um hospital dos Estados Unidos tem gerado intensa comoção nas redes sociais. São milhares de comentários e mensagens de apoio à família.

A página “Ajude a Sofia” criada no Facebook para divulgar o caso e que, no início da campanha em prol da ida da menina aos EUA ajudou a angariar donativos, tem mais de 1 milhão e meio de seguidores. Muitos fazem questão de deixar mensagens de consolo e ressaltam o quanto Sofia batalhou pela vida.

Foi pouco mais de um ano de luta desde a chegada a Miami. Os seguidores e amigos da família também têm deixado mensagens nos perfis pessoais dos pais de Sofia, Gilson Gonçalves e Patrícia Lacerda, que acompanhavam o tratamento de perto.

“Nossa bonequinha, amada por todos , hoje teve o encontro com nosso Deus. Sua passagem tão breve deixou tanto AMOR, tanta SAUDADE, que seria impossível esquecê-la! Que Deus conforte os corações dos pais tão queridos e amados”, escreveu Vilma Silva Forte, no Facebok.

“Hoje meu dia é de LUTO, tristeza, muita tristeza, não sei mais o que pensar nem senti, é muita TRISTEZA, meu Deus porque senhor?”, publicou Laura Santos, no Facebook.

No início da manhã uma nota foi publicada na página “Ajude a Sofia” informando o falecimento. Cerca de cinco horas depois, o texto já havia recebido mais de 41 mil comentários, compartilhado por mais de 22 mil pessoas e visto por mais de 145 mil pessoas. No Instagram e no Twitter o nome da menina também estava entre os assuntos mais comentados.

“Sofia foi para o céu. Lutou quase dois anos, mas não aguentou. E nós? Até quando vamos aguentar ver crianças que precisam de transplantes terem que pedir ajuda nas redes sociais para irem para fora do Brasil fazer tratamento com médicos brasileiros? Pode isso? Até quando a gente aguenta? Até ser com nossos filhos? Espero que essa princesa não tenha morrido em vão, que esse lixo de governo tome vergonha na cara e pare de roubar bilhões que deveriam ir para a saúde e educação. Chega gente! To revoltada, com muita tristeza em pensar nos pais e familiares dela, que abrem os jornais e veeem a baderna desse país. E nem aqui eles estão! Estão em Miami, longe de toda a família! Deus olhe por eles #sofia #ripsofia”, desabafou a apresentadora do Esquadrão da Moda do SBT, Isabella Fiorentino, no seu perfil no Instagram junto a uma foto de Sofia.

Já Andra Corteze usou o Twitter para lamentar a morte da criança. “Meus sentimentos aos pais de Sofia. Ela foi um anjo na terra e será um anjo no Céu.. #sofia #triste”, escreveu.

“Você lutou bravamente anjinho, agora vai brilhar no céu mais uma vez… #Sofia”, lamentou Lari Bergamini. “Foi uma guerreira a pequena #Sofia Deus conforte o coração dos pais”, publicou Aparecida Keler, na mesma rede social.

 

Luta intensa

Sofia era portadora da síndrome de megabexiga micrólon e hipoperistaltismo intestinal (MMHIS), também conhecida como síndrome de Berdon. Devido à doença, ela precisou transplantar seis ógãos.

 

Sem ter como custear o transplante estimado em mais de R$ 2,2 milhões  a família recorreu ao advogado Miguel Navarro, que deu início a uma batalha judicial contra o governo brasileiro. Esse tipo de transplante não é feito em crianças no País e por isso, para ter uma chance para sobreviver, Sofia teve que ser levada aos Estados Unidos. Após decisão da justiça, todas as despesas foram custeadas pelo Ministério da Saúde. Pai, mãe e bebê embarcaram para os Estados Unidos em julho do ano passado, onde viviam desde então.

O advogado também lamentou a morte de Sofia. Na semana passada ele ouviu do médico que fez a cirurgia, o cirurgião brasileiro Rodrigo Vianna, de que apenas um milagre salvaria a vida da menina.

“O vírus que ela contraiu foi muito forte (citomegalovírus/CMV) e se alojou no pulmão. Foi quase um mês respirando com ajuda de aparelhos, fizeram tudo que foi necessário para combater, mas infelizmente não foi possível. Queria que tivesse tido um final feliz, mas deus abe o que faz”, comentou.

Navarro afirma ainda que o caso de Sofia é tido como exemplo para as famílias que também batalham com o governo em busca de assistência e tratamento de saúde.

“Foi uma batalha muito grande, Sofia abriu um caminho para outras crianças que tiverem problemas graves de saúde e também buscam tratamentos caros. Foi um marco. Ela foi a primeira brasileira que conseguiu tratamento fora do país com um valor tão expressivo. Isso abriu os olhos de muita gente”, disse.

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