Japonês ateia fogo em si mesmo em trem bala e deixa 2 mortos

Trem com 16 vagões transportava cerca de mil passageiros no momento do incidente

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Trem com 16 vagões transportava cerca de mil passageiros no momento do incidente

Pelo menos duas pessoas morreram nesta terça-feira (30) depois que um passageiro ateou fogo em si mesmo dentro de um Shinkansen, o trem bala do Japão, um incidente que também deixou cerca de 20 feridos e causou a interdição da linha de alta velocidade entre Tóquio e Osaka.

O fato se deu por volta das 11h30 locais (23h30 de Brasília da segunda-feira) em um dos trens de alta velocidade da linha Tokai, que faz o trajeto entre as duas maiores cidades do Japão, segundo explicou à Agência Efe um porta-voz da companhia ferroviária JR Central.

Quando a composição se encontrava entre as estações de Shin Yokohama e Odawara, um de seus passageiros derramou algum líquido inflamável em seu próprio corpo e ateou fogo em si mesmo, segundo essa mesma fonte.

O homem que se autoimolou e outra passageira, de aproximadamente 60 anos, que estava perto dele, morreram por consequência das chamas, informou a emissora pública japonesa NHK.

Além disso, cerca de 20 pessoas ficaram feridas, entre elas algumas com gravidade, segundo relataram os bombeiros locais à emissora japonesa.

Desde que aconteceu o incidente, até aproximadamente as 14h30 locais (2h30 de Brasília), o trem permaneceu parado na linha entre as duas estações citadas enquanto os serviços de emergência tentavam controlar as chamas e prestar atendimento aos passageiros.

O Shinkansen, uma composição de 16 vagões, transportava cerca de mil passageiros. A maioria deles conseguiu deixar o trem assim que foi acionado o alarme de incêndio e a fumaça começou a se alastrar pelo trem.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, convocou uma reunião extraordinária de seu Gabinete com o objetivo de coordenar o trabalho dos serviços de emergência e “coletar informações” sobre o incidente, segundo declarações suas citadas pela imprensa local.

O incidente também obrigou a companhia JR Central a interromper durante quase três horas o serviço de trens alta velocidade no trajeto entre Tóquio e Osaka, que posteriormente foi restabelecido, mas com vários atrasos e cancelamentos.

 

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