Com sessão de cinema exclusiva, mães debatem se ter filhos é perder espaço social

Projeto exibe filme para as mães

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Projeto exibe filme para as mães

Na próxima terça-feira (8), acontece em Campo Grande o projeto CineMaterna, realizado pelo Shopping Campo Grande e pela Natura Mamãe e Bebê. Desde o ano de 2008, tem como objetivo promover um momento de cultura e diversão para mães e bebês, às 14h10. A sessão é programada especialmente para oferecer conforto e facilidades, com trocadores equipados com fraldas, pomadas e lenços umedecidos – que podem ser usados gratuitamente –, ar condicionado com temperatura suave, som mais baixo e iluminação leve. 

A experiência é totalmente válida e bacana, porém, trouxe à tona uma discussão pertinente. As mulheres perdem seus espaços sociais quando viram mães? Há alguns dias, a youtuber Raiza Costa, do canal Dulce Delight foi alvo de polêmica nas redes sociais ao criticar pais e mães que levam filhos pequenos a estabelecimentos, elogiando locais que proíbem a entrada dos bebês e pequenos. “Não acho que deveria ser regra, mas não vejo nada demais alguns estabelecimentos proporcionarem momentos românticos sem incluir show de break dance esperneando no chão regado à berros”, escreveu.

Para a empresária Aline Garcia, 33, mãe de Pietro e Luana, de 4 e 2 anos, a atitude da youtuber prova que as mães, assim que os bebês nascem, ficam sem opções sociais. “Primeiro que sair com uma criança pequena de casa é uma preparação, e depois que as pessoas se incomodam com a presença das crianças, como se os pais não soubessem controlar, quando na verdade vivemos em uma sociedade que exclui as crianças, por cobrar o tempo todo um comportamento padrão”, opina.

Para ela, o CineMaterna pode ser uma ótima oportunidade para as mães, mas o ideal seria que pudessem sair a qualquer momento e frequentar qualquer lugar. “Temos que parar de segregar as mães”, acredita. 

A youtuber Helen Ramos, do canal Helmother, há alguns meses se dedica a falar sobre o assunto. No vídeo “Birra, manha, piti”, ela fala sobre alguns fatos sobre a maternidade na fase em que a criança começa a se expressar através da birra. “Geralmente essa fase começa aos 2 anos. Eu moro no Brasil, em São Paulo, e a sociedade parece não querer, não saber, conviver com crianças”, enumera. Ela conta uma história relacionada a uma vez que pegou um avião com seu filho de 2 anos e meio, e viu os passageiros se incomodarem com a criança estar inquieta. “É uma criança, porque a senhora está incomodada, quer que eu grite? Ás vezes tenho a sensação de que as pessoas estão esperando uma reação minha muito rígida”, explica no vídeo. 

Porém, algumas pessoas têm opiniões diferentes. Para a dona de casa e mãe de Arthur, 3 anos, Camila de Souza Silva, 24 anos, a questão é fazer algumas escolhas. “Tem lugares que acho que realmente não temos que levar as crianças, pois não é propício para elas. Todo pai deixa de frequentar alguns lugares pois não é viável levar seu filho. Mas não é correto em um lugar onde é permitido crianças, as pessoas se incomodarem. Tudo é questão de ser ou não permitido ou adaptado para os pequenos”, diz. 

SERVIÇO – O CineMaterna será às 14h10 para mães e bebês de até 18 meses, e o filme exibido será “Inferno”. Mais informações pelo site http://www.cinematerna.org.br. 

 

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