5 momentos em que a publicidade objetificou as mulheres e usou o abuso para vender
De propaganda de cerveja à roupa, machismo está por toda parte
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De propaganda de cerveja à roupa, machismo está por toda parte
A sociedade brasileira está chocada e em sua maioria, revoltada com o estupro de uma jovem no Rio de Janeiro por 33 homens, que ainda soltaram vídeos e fotos do estupro pela rede. O Midiamax fez um especial sobre o caso, mas a reflexão se abre para vários segmentos da nossa vida. Do momento em que as mulheres sentem-se objetificadas, do medo de andar na rua a qualquer hora, abusos dentro de casa, entre outras inúmeras denúncias que são quase cotidianas.
Na publicidade, a mulher é tratada como objeto para vender há muito tempo. A propaganda tem sido considerada machista e misógina desde os anos de 1950, quando ilustrações da época mostravam homens pisando em mulheres como se fossem “tapetes”. Infelizmente, dos anos de 1950 para cá, a publicidade continua veementemente produzindo propagandas direcionadas para homens, onde as mulheres são meras ilustrações para “embelezar”, ou mesmo colocando as mulheres em situações degradantes em nome de um produto.
Para mostrar que a publicidade é outra coisa que precisa ser repensada na sociedade atual, o MidiaMAIS faz uma lista com 8 momentos onde a publicidade objetificou de forma chocante as mulheres, muitas vezes simulando estupro em peças ou colocando as mulheres como “pedaços de carne” (literalmente). Confira.
1. Mulher como pedaço de carne em ganchos
Em 2010, a filial de Istambul da loja-conceito Beymen Blender estampou um anúncio para lá de desagradável. A peça publicitária, elaborada pela agência Rafineri, mostrava a modelo nua fatiada em pedaços, com as partes penduradas por ganchos, como em um açougue. Chocante? A marca não achou, mas após protesto a peça foi retirada do ar.
2. ‘Esqueci o Não em Casa’
Propaganda da marca de cervejas Skol deixou as mulheres contrariadas durante o Carnaval 2015. É que os dizeres “Esqueci o Não em Casa” foram extremamente repudiados, já que durante o Carnaval as mulheres enfrentam assédio tempo todo. Segundo artigo da revista Fórum: “O anúncio da marca de cervejas trouxe à tona os aspectos mais machistas e violentos do Carnaval. Ignorou, sobretudo, a noção de consentimento, algo que ocorre corriqueiramente em nosso país, mas é levado às últimas consequências no feriado em questão”.
3. ‘Bebeu, Perdeu’
Campanha do Ministério da Justiça também foi alvo de revolta. Para combater o consumo de álcool por jovens, eles produziram peça que culpabilizava a mulher vítima que teria “bebido”, e seria vítima de “revenge porn”. Após a repercussão desastrosa, a peça foi retirada do ar.
4. Apologia ao estupro
Campanha da Dolce & Gabbana circulou o mundo por chegar a fazer apologia ao estupro. Na peça, uma mulher é segurada por um homem enquanto vários outros homens estão ao redor. A agência responsável pela peça, em 2007, disse que simulava um “gang bang”, quando uma mulher tem relações sexuais com vários homens. Para as ativistas de direitos humanos, a peça tem um nome: estupro.
5. Homem invisível (e abusador)
Propaganda da Nova Schin mostrou em 2012, um grupo de homens na praia, devaneando sobre como seria se eles fossem invisíveis: eles entrariam no provador das mulheres, apalpariam, e abusariam as moças na praia. O tom da peça é “bem humorado”, mas coloque-se no lugar de uma mulher apalpada por um homem em plena praia. Não é nada engraçado.
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