Cliente Oculto visita pizzaria tradicional para saber se qualidade se manteve após 20 anos
Inaugurado há exatos 20 anos, o estabelecimento comercial foi um dos primeiros a oferecer a modalidade rodízio na capital sul-mato-grossense. De lá para cá, viu inúmeros concorrentes abrirem as portas
Cliente Oculto –
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O Cliente Oculto, assim como você, sabe que são inúmeras as opções de pizzarias em Campo Grande. Nas últimas duas décadas, muitas delas inclusive tentaram inovar, oferecendo sushi e churrasco junto ou então o refrigerante gratuito a noite toda, por exemplo. Mas e as primeiras, aquelas que iniciaram a modalidade de rodízio na cidade. Será que conseguiram sobreviver? Se sim, ainda possuem variados tipos de pizza e com preço justo. A reportagem então foi até a Giuseppe, tradicional pizzaria da cidade.
Inaugurado há exatos 20 anos, o estabelecimento comercial foi um dos primeiros a oferecer a modalidade rodízio na capital sul-mato-grossense. De lá para cá, viu inúmeros concorrentes abrirem as portas. Ao retornar, o Cliente Oculto tinha, como intenção principal, saber se a qualidade se manteve ao longo de todo este tempo.
O que chama a atenção, logo de cara, é quando a gente pesquisa o endereço: Rua Dr. Antônio Alves Arantes, número 155, bairro Chácara Cachoeira. Quem chega, muitas vezes, para o carro ali mesmo e nem sabe que, na rua detrás, há um amplo estacionamento. Desta forma, o ideal é colocar uma placa avisando que a pizzaria oferece este serviço no fundo.
Pois bem, a reportagem chega. Aquele cheiro maravilhoso já invade as narinas e faz a gente pensar: “Vamos lá, vamos ver se as pizzas continuam gostosas, já que o valor aumentou bastante”. O rodízio, durante a semana, está R$ 63,90 e, aos finais de semana, está R$ 68,90. E aí não demorou nem dez segundos e garçons atenciosos já aparecem: “Olá, tudo bem? Vai ser rodízio ou La Carte?”
Borda queimada não é legal!
Escolhida a opção, as pizzas começam a aparecer. “Alcatra ao alho, vai querer”. “Pantaneira, aceita?” “Calabresa acebolada e margherita, vai aí?” “Paulista, nem a prazo e nem à vista”. Uma, duas, extremamente saborosas até que…. borda queimada… Como assim?
É um detalhe, mas, acredito que pode chatear algum cliente, então, fica o alerta para checarem e não levarem desta forma para as mesas.
Mais alguns minutos, a pizzaria foi lotando. Famílias, casais, amigos comemorando aniversários ou somente degustando a massa mais queridinha dos brasileiros. Na mesa, muitos deixavam parte da borda e aí eu vi uma cena que achei novidade: um garçom que, vira e mexe, passava com uma bandeja somente para pegar o “cemitério” das mesas.
Isso não ocorre em todos os estabelecimentos comerciais e muitas mesas ficam “emporcalhadas”, com um prato somente com restos de pizzas empilhadas. Nesta não, o garçom passa retirando estes pratos. Ponto positivo.
O movimento continua, “casa cheia” como ouvi um dos clientes. E nisso percebe-se que muita gente pede pizza e também vai retirar no balcão. Ocorre que o balcão da pizzaria é um cantinho ao lado do caixa, em que as pizzas ficam empilhadas. Diante da correria, em que duas atendentes estão ocupadas com a fila de clientes para pagar, quem chega para retirar muitas vezes fica procurando o próprio nome em cima da pizza. Não há ninguém cuidando disso, até que a pessoa chame alguém e pergunte pelo pedido.
‘Pizza é muito boa’, diz cliente assíduo
Um advogado, de 35 anos, que é cliente assíduo do local, ressalta o quanto a pizza é boa e que já se acostumou em chegar e retirar ali no balcão, sem demoras. “Hoje atrasou um pouquinho mesmo, mas comigo nunca aconteceu”, comentou. No interior do estabelecimento, o Cliente Oculto também conversou com algumas pessoas. O sabor da pizza é unânime entre elas, todos elogiam, assim como a variedade.
Quem escolhe a La Carte, por exemplo, pode pedir até três sabores de pizza e pedir para que seja cortada em até 12 pedaços. No delivery, são dezenas de opções e doces que incluem até açaí com granola. Neste quesito, a pizza de abacaxi com chocolate branco e a de banana com merengue são sensacionais.
O bancário José Augusto Silva, de 59 anos, veio de São Paulo e compareceu recentemente na Giuseppe pela primeira vez. Acostumado a comer pizza na capital paulista e conhecedor de várias pizzarias, ele elogiou o local e disse que a pizza pantaneira é muito boa. Como bom apreciador, procurou azeite para acrescentar e somente comentou que viu pouca ou quase nenhuma azeitona nas pizzas.
Na ocasião, o bancário estava ao lado de familiares para comemorar um aniversário. A reserva havia sido feita com antecedência e, no telefone, ficaram sabendo que a aniversariante não ganhava desconto, por ser final de semana. Ou seja, diferente da maioria das pizzarias, que dá desconto para o aniversariante (inclusive aos finais de semana), esta retirou o benefício no sábado e domingo.
Mas quem vai, sabe que o negócio é animado. Na hora do parabéns, um funcionário rapidamente coloca um donuts recheado de chocolate, com velinha, na frente do aniversariante, enquanto outro batuca um pandeiro nas costas e dá o susto no felizardo, até que todos iniciam a canção do parabéns. Neste quesito, zero reclamação dos clientes. Todo mundo adora.
Sobre a bebida, existem várias opções também. Só precisa tomar cuidado com garçom esquecido que anota na comanda e tem que ser cobrado, ao menos três vezes, para trazer o pedido. Por fim, todo mundo de barriguinha cheia, é hora de pagar a conta. Duas atendentes, também atenciosas. Perguntam o número da mesa, já passam o valor. O Cliente Oculto questiona: Aqui cobra 10%? Não, não é cobrado. Conta paga, avaliação feita!
Pontos positivos
- Variedade de sabores
- Funcionários atenciosos
- Garçons retirando restos de pizzas
- Pizza a La Carte pode ter três sabores e ser cortada em até 12 pedaços
- Local não cobra 10% do cliente
Pontos negativos
- Falta de divulgação do estacionamento próprio
- Com casa cheia, pizzas da entrega ficam “sozinhas” em balcão
- Alguns garçons esquecidos anotam pedido e não trazem
- Retirada do desconto para aniversariante aos finais de semana
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