Cliente Oculto experimenta café colonial com broas, chimia e produtos típicos do sul do Brasil

Nesta semana, o Cliente Oculto inicia nova temporada, mostrando um local em que se encontra comida gaúcha, cujas origens também remetem ao povo alemão, argentino e até uruguaio

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(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)

São cerca de quatro metros de mesas contendo café colonial. A fartura que salta aos olhos é muito mais do que uma refeição, típica do sul do Brasil. É a representatividade, na culinária, de um povo que chegou a Mato Grosso do Sul na década de 60, em busca de “terra boa”. Nesta semana, o Cliente Oculto inicia a nova temporada, mostrando um local em que se encontra comida gaúcha, cujas origens também remetem ao povo alemão, argentino e até uruguaio.

Antes de detalhar as gostosuras, servidas aos sábados e domingos na padaria Sabor do Sul, bairro Carandá Bosque, em Campo Grande, vamos entender de onde surgiu a tradição do café colonial.

Segundo historiadores, os senhores de engenho tinham a necessidade de tomar um café da manhã completo antes da lida no campo. Desta forma, o que sobrava era servido para os serviçais da casa, ganhando o nome de “café do colono”. Os colonos, inclusive, é como se chamavam os imigrantes que vieram para trabalhar em pequenas propriedades rurais do interior no século XXI.

(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)
(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)

Do costume familiar, café colonial passou a ser servido para turistas

Desde então, se tornou costume familiar em diversas cidades na região sul do país. Esta tradição, inclusive, é inspirada no hábito tradicional da Alemanha de reunir a família para um café da tarde de domingo, com uma mesa cheia de comida. E a regra do café colonial é sempre a mesma: variedade e fartura, o que inclui bolos, geleias, tortas, salames, salgados e queijos, entre outros alimentos.

Com o tempo, esta refeição passou a servida para turistas. Logo, o sucesso foi tanto que tem gente que viaja para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul somente para provar estas iguarias. Mas, quem vive na capital sul-mato-grossense, também encontra muitas famílias gaúchas que fazem estes quitutes, tanto doces como salgados.

Para mostrar com detalhes o café colonial, o Cliente Oculto foi a esta padaria, na Rua Vitório Zeolla, onde se paga R$ 29,70 por pessoa e é possível comer o tanto que quiser. As visitas ocorreram no último fim de semana, em um sábado e domingo, data em que se comemorava o Dia das Mães. O local, já é de se imaginar, estava lotado e com longa fila de espera, portanto, já é hora de se pensar em colocar mais cadeiras para os clientes que aguardam a vez.

(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)
(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)

No interior do estabelecimento a mesa central do café colonial chama a atenção. De cara, já vi as broas, biscoitos de milho e outros amanteigados. Em seguida, os pães, cucas, bolo com calda de chocolate, pães de queijo, minissanduíches, omelete, embutidos, entre eles o conhecido salame colonial e artesanal, além de croissants, nata, chimia de uva, polenta sapecada na chapa e até cachorro-quente. Do outro lado, frutas como banana, uva, mamão, melão e melancia.

Após conseguir sentar, é hora de servir. A intenção foi experimentar “uma coisa de cada”, o que foi impossível no meu caso. Assim como fazem os gaúchos, provei o pão de milho com nata (faltando o melado como acrescentam), além do pão de milho com mais nata e salame e, para sobremesa, a cuca, novamente com nata. Passada uma vez, posso dizer que esta nata é realmente viciante e muito saborosa.

Como montar uma mesa de café colonial em casa?

(Foto: Cliente Oculto l Jornal Midiamax)
Foto: Freepik/Divulgação

A primeira coisa é entender que o café colonial não é uma refeição servida, necessariamente, no café da manhã, podendo ser degustada a qualquer hora do dia, então, os alimentos e bebidas são colocados na mesa para os próprios convidados se servirem. A intenção é caprichar na variedade de pratos e não na quantidade.

O primeiro passo é pensar nas bebidas que serão servidas e separar as quentes das frias. Café, claro, como anfitrião e também o leite quente, chocolate, chá, iogurte, sucos de frutas variados, refrigerantes e água.

Em seguida, pense na tábua de frios, colocando variedades de queijo, presunto, salame, peito de peru e salame colonial. Já os pães podem ser colocados em cestas, como o francês, o integral, minibaguetes e pão de queijo, por exemplo, além de tortas, salgados e bolos diversos.

Agora, como “marca registrada” do café colonial, estão os croissants, tanto salgados como doces, além das tradicionais cucas, biscoitos, panquecas, waffle, pudins e aí, por fim, os acompanhamentos como geleias, nata, manteiga, requeijão e frutas.

Importante: é recomendado que todos os itens estejam fatiados e dispostos em travessas. Lembre-se de separar os talheres, pratos, copos, guardanapos e os demais materiais necessários para que o seu convidado possa se servir com tranquilidade.

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