Academia de Letras lamenta morte de Antônio João, que ‘herdou’ cadeira antes ocupada pelos pais

Conforme a Academia, Antônio João foi de uma importância enorme para o nosso Estado, em função do cargo que ocupou como diretor de um meio de comunicação em Mato Grosso do Sul

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ASL lamenta morte de Antônio João. (Divulgação)

A ASL (Academia Sul-Mato-Grossense de Letras) lamenta o falecimento de Antônio João Hugo Rodrigues, que ocupava a cadeira número 13. Antes, o pai dele, o professor José Barbosa Rodrigues, ocupou o mesmo assento. A mãe dele, Henedina Hugo Rodrigues, também foi eleita pelos acadêmicos.

Conforme o presidente a Academia, Henrique Medeiros, Antônio João foi de uma importância enorme para o nosso Estado, em função do cargo que ocupou como diretor de um meio de comunicação em Mato Grosso do Sul.

“A importância do Correio do Estado, da Rádio Cultura, Canarinho, TV Campo Grande foi muito grande no Estado, no aspecto do seu próprio desenvolvimento, do seu próprio crescimento cultural e social. E, de qualquer forma, uma pessoa que ocupou este cargo, que dirigiu um jornal por longos anos, teve uma participação ativa na condição do trabalho, de divulgação, de incentivo de informações. A comunicação social tem uma importância muito grande dentro na sociedade e os veículos de comunicação, principalmente, por conduzir, muitas vezes, o pensar público, a imagem pública e a formação de conceitos neste sentido”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Segundo Henrique, Antônio João era “uma pessoa excepcional e de coração enorme”. “Por trás da imagem ranzinza, digamos assim, ele tinha uma coisa meio mau humorada, meio explosiva, mas, de um coração enorme, uma pessoa que tinha o poder muito grande de ser bom por trás disso. E teve a sua função cultural muito grande com a fundação José Barbosa Rodrigues, participou da ASL, enfim, tem uma história que não se resume apenas no que ele tem de títulos, no que ele tem de atividade política, social, principalmente pela sua função de talvez criar pensamentos através do seu próprio jornal e linha editorial que tinha e conduzia durante toda a sua vida”, argumentou.

Ainda conforme a ALS, Antônio João recebeu homenagens e condecorações ao longo da carreira, entre elas o Título Honorífico de Grã Colar, da União dos Comendadores e Cidadãos Honorários do Brasil; a Ordem da Bandeiras, no grau de Comendador, da Sociedade de Estudos de Problemas Brasileiros; Título de Membro Honorário da FAB; Medalla a La Integración “Simon Bolívar”, outorgada pela Câmara Internacional de Pesquisas Y Integración, “por lutar por uma América Latina unida e por amor à humanidade”; Medalha do Mérito Legislativo outorgada pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Complicação após cirurgia cardíaca

Antônio João Hugo Rodrigues faleceu aos 75 anos, após complicações de uma cirurgia cardíaca, em Campo Grande, na noite desta segunda-feira (18) no Hospital do Coração.

Antônio João atuou como suplente do senador Delcídio do Amaral entre os anos de 2003 e 2011. No entanto, o jornalista atuou como suplente no Senado efetivamente entre abril a agosto de 2006. Nesse mesmo ano, concorreu como deputado estadual pelo PTB, mas em seguida renunciou.

Em 2014, concorreu como senador pelo PSD e, em 2018, novamente como deputado estadual e não foi eleito.

Antônio João foi diretor do Grupo Correio do Estado e também vice-presidente da Fundação Barbosa Rodrigues. Era filho dos acadêmicos José Barbosa Rodrigues e Henedina Hugo Rodrigues.

Ganhou com outros jornalistas o Prêmio Esso de Jornalismo por Equipe em 1976, enquanto correspondente do jornal Estado de São Paulo, ao cobrir o efeito das geadas que assolaram o País em 1975.

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