O medo do dia 13 vem de séculos e muitos acreditam que se originou quando Hamurabi, autor do Código de Hamurabi, supostamente omitiu uma 13ª lei de seus códigos legais escritos. Tem ainda gente que diz que não curtia sexta-feira 13 porque foi o dia que Jesus foi perseguido antes da crucificação.

Tem ainda a história do rei Felipe IV, no século XIV, que mandou acabar com o exército de monges criados para defender peregrinos e aí essa galera teria sido torturada e morta no dia 13.

Enfim, as origens são muitas, mas o fato é que a data virou sinônimo de histórias aterrorizantes.

Cléo diz que está usando máscara por conta da poeira das obras, não da Covid (Foto: Marcos Erminio)

Bem longe dessas mitologias está a realidade do campo-grandense, que é aterrorizado por várias situações, que não necessariamente estão no campo do sobrenatural. Muito pelo contrário, estão no nosso cotidiano em quase todos os dias. Por isso o Midiamax foi às ruas para saber dos cidadãos de o que mais aterroriza eles.

A vendedora Cléo Cardozo, de 46 anos, está aterrorizada pelas obras na região central. “O que mais está me aterrorizando são estas obras no Centro, é cimento na cara o tempo todo. Agora não estou usando máscara por conta da Covid, mas por conta do cimento. Isso aí tem que ser resolvido logo”.

Júlio ouve histórias de terror desde nas sextas-feiras 13 (Foto: Marcos Ermínio)

Já Carol Ohana, de 25 anos, também vendedora, está sendo atormentada pelo salário atrasado. “No meu caso é falta de salário e estou nessa há mais de 40 dias e não tenho nem R$ 5 na conta. Isso sim é um de terror”.

Leonice Inácio Ferreira Martins, de 53 anos, é auxiliar de cozinha, mas atualmente trabalha com panfletagem. Seu maior terror atual é a economia. “Tá ficando tudo muito caro e difícil para o pobre sobreviver. A gente já vai ao mercado com medo se dinheiro vai dar ou não”.

Osvaldo Luiz, de 68 anos, está aposentado, mas ainda procura . E é aí que mora o terror dele. “Falta de serviço, a saúde está péssima é o que mais me aterroriza. Você vai no posto não tem remédio, também não tem médico e também não tem serviço. Vivo com dinheiro da aposentadoria, é pouco, mas eu me controlo”.

Júlio Eduardo dos Santos, estudante de 15 anos é uma exceção. O terror dele tem sim um ‘pezinho' no sobrenatural. Isso porque a família dele tem uma tradição bem aterrorizante. Toda sexta-feira 13 eles se reúnem para contar história de terror após o jantar.

“A gente janta, meus avós apagam a luz, acende uma vela e começam a contar as histórias. É sempre o mesmo tema, assombração, lobisomem, dia das bruxas e halloween”.

Confira os relatos em vídeo abaixo:

Na sexta-feira 13, terror dos campo-grandenses está bem além das superstições from Redação on Vimeo.