VÍDEO: Macho dá mordida sexual e leva invertida da fêmea durante acasalamento de onças no Pantanal

Biólogo explica que mordida sexual de onças tem função específica no acasalamento e internautas brincam: “tirem as crianças da sala”

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mordida sexual onças
Imagens mostram onça levando mordida sexual durante 'vuco-vuco' e reação da fêmea impressiona – (Fotos: Gustavo Gaspari)

O biólogo, consultor ambiental e fotógrafo da natureza Gustavo Gaspari fez um raro flagra do comportamento animal. Ele conseguiu registrar a famosa mordida sexual que acontece durante o intenso acasalamento das onças-pintadas. O registro foi feito no Pantanal mato-grossense.

Mas que mordida é essa? No vídeo abaixo, é possível ver o macho dando uma intensa abocanhada na nuca da fêmea. Na sequência, a fêmea reage e parte para cima do parceiro em uma cena que pode causar estranheza para quem desconhece o básico a respeito da reprodução das onças.

E, apesar de agressiva, essa ação faz parte da natureza desses felinos e tem uma função específica e primordial para a espécie.

De acordo com o biólogo Gustavo Figueirôa, especialista em onças, “o macho morde a nuca da fêmea para estimular a liberação dos óvulos”, explica.

Confira:

Imagens: Gustavo Gaspari | @biologu_gaspari

Comparações

Ao Jornal Midiamax, Gustavo detalha como acontece o acasalamento da espécie. Segundo ele, o “sexo” das onças é “um ato violento”.

“O povo têm muita tendência de humanizar os animais. Me assusta ver como as pessoas não têm conhecimento sobre o assunto e opinam humanizando o bicho, como se fosse uma coisa absurda. O acasalamento entre as onças é um ato violento, então eles passam um tempão, às vezes mais de dias acasalando”, comenta o biólogo ao MidiaMAIS.

Quanto a um possível estupro, levantado por internautas pela “agressividade” do macho e a reação da fêmea, Gustavo esclarece. “O ato de jogar e rolar depois acontece com os gatos, tudo que é gato também faz isso”, afirma.

“As pessoas colocam comportamentos do ser humano nos animais e tentam justificar alguma coisa. Mas isso aí é um comportamento de acasalamento normal, não tem nada de estupro”, enfatiza o profissional.

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