O nutricionista Anderson Holsbach, de 37 anos, tem várias paixões em sua vida.  Além da família, do namorado e da profissão, outro item ocupa uma grande parte do seu coração: o tereré. Morador de , ele tatuou um tereré no tornozelo, na última terça-feira (1º) para homenagear a relação com essa bebida que tanto carrega importância na sua história.  

Anderson é presidente da Asman (Associação Sul-Mato-Grossense de Nutrição) e já deu entrevista com sua opinião sobre as dietas de Maíra Cardi para o Midiamax no ano passado. Dessa vez, ele está aqui para contar do seu amor pelo tereré. Segundo ele, é tão grande que optou por eternizá-lo na pele.  

“O tereré é uma coisa que está presente na minha vida, eu tomo todos os dias, eu faço questão de comprar erva lá no Mercadão. Eu escolho sempre a mesma banca, eu escolho a erva mais in natura que tem ali, sem sabor nenhum porque eu gosto de tereré raiz, então é a erva com o sabor da erva-mate mesmo”, relevou o nutricionista ao MidiaMAIS.

Autodeclarado ‘tererezeiro raiz', ele afirma que nunca havia pensado em fazer uma com o tema antes. Porém, a ideia veio após se inspirar em um grupo de amigos tinha viajado para o México e feito uma tatuagem em conjunto.

“Isso que me motivou a fazer o desenho. A inspiração dos meus amigos me despertou que eu merecia fazer uma tatuagem de tereré porque é uma coisa que eu gosto muito e marca”, revela.

Com a ajuda da designer e amiga Alana Montagna, o sonho, então, se tornou realidade.

Desenho de tereré

O desenho foi feito pela designer Alana Montagna (alana.montagna), dona de agência de marketing digital em Campo Grande. Ela era uma das pessoas que estava no grupo que havia viajado para o México. No outro país, foi a responsável por fazer a tatuagem. Procurada por Anderson depois, a designer topou na hora fazer um desenho de tereré para ele também, uma vez que o nutricionista comemorará o aniversário no próximo domingo (6).

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Anderson fez tatuagem com Fábio Monterio (Foto: Arquivo Pessoal)

“Ele pediu uma cuia de tereré porque ele é apaixonado por teres. Aí pensei em colocar o MS para deixar a cara do nosso Estado”, contou Alana.

Ilustração pronta, era hora de colocá-la em prática. A tatuagem ficou por conta do tatuador Fábio Monteiro (@fabiomonteirotattoo), que já atende Anderson há muitos anos na Capital.

Fábio disse que, apesar de sempre fazer temas que remetem à cultura do Estado, foi a primeira cuia que já tatuou. “Eu achei bem interessante, foi uma tatuagem que ornou bem, combinou com a região do tornozelo. É uma coisa que é daqui, você vai em outros Estados e não vê tereré”, disse o tatuador.

Tereré: uma relação de muitos anos

A relação de Anderson com o tereré começou na infância, quando tomava a bebida na companhia de um tio. Crescido numa família que sempre teve o costume de fazer a famosa ‘roda de tereré' para conversar, o nutricionista logo desenvolveu a mesma paixão. Ele ainda revela que gosta da bebida tradicional e sem erva de sabor, uma vez que remete mais à história da bebida.

“O negócio, pra mim, tem uma conexão muito mais com a raiz, cultura, origens antepassadas. Então, eu sei exatamente essa questão da erva-mate, de como surgiu o tereré, que foi por causa da guerra que não podia fazer Chimarrão por conta da fumaça do fogo, que chamava a atenção dos oponentes. Eu sou muito ligado a isso, porque eu valorizo a cultura local, tem um valor simbólico muito grande”, conta Anderson.

Para ele, o maior pesadelo é acabar tereré na sua casa. Por isso, ele se programa constantemente para deixar gelo pronto e comprar três quilos de erva-mate todos os meses. Uma vez que a bebida proporciona refresco, hidratação e relaxamento, é considerada prioridade na vida de Anderson.

Lazer e socialização

Que o tereré é gostoso e está intrínseco na cultura sul-mato-grossense, isso todo mundo sabe. Anderson ainda afirma que tomar a bebida favorece seu momento de lazer, relaxamento e socialização com amigos ou família.

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Tereré marca importância da cultura para o nutricionista (Foto: Arquivo Pessoal)

“É um momento que me acalma, relaxa, me ajuda a descansar, me ajuda a abstrair do trabalho, de problemas, de estresse. O sabor é gostoso, é refrescante. Então, propicia essa troca, interação entre as pessoas, o bom convívio. Esse combo é o que mais me faz gostar tanto do tereré”, diz.

A paixão é tão grande, que Anderson leva o seu kit para qualquer lugar que vai. Da praia até a casa dos amigos, ele sempre tem a companhia da sua fiel cuia. Neste momento de pandemia, o profissional da saúde ainda reforça a importância de adotar esse hábito para não compartilhar a bomba com outras pessoas.

Por isso, da hora que sai de casa até quando chega do trabalho, a bebida está presente na vida de Anderson. A tatuagem, então, é só mais um lembrete da importância que a cultura sul-mato-grossense proporciona aos seus amantes. No caso do nutricionista, é uma história de vida que agora está marcada para sempre na pele.