Paciente terminal, Zilda ganhou festa de aniversário no hospital horas antes de partir
Idosa de 71 anos estava internada depois de sofrer um AVC; ela morreu horas depois
Karina Campos –
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Zilda Verdum Vianna, partiu aos 71 anos, mas antes recebeu todo carinho da equipe de saúde e ganhou uma festa de aniversário, ali, deitada no leito da Unidade de AVC (Acidente Vascular Cerebral) da Santa Casa de Campo Grande. O hospital compartilhou, nesta terça-feira (25), a história de despedida da paciente terminal que faleceu horas depois.
Com direito a um bolo de chocolate e música, Zilda teve a vida celebrada no dia 10 de outubro pela equipe multiprofissional. Obviamente, não eram os planos da moradora, internada no início do mês depois de sofrer um AVC, porém, a doença foi se agravando e a deixando debilitada.
A proximidade do aniversário animou os funcionários do setor, que mobilizaram uma pequena festa com a equipe. Matheus Vieira Lima, recorda que a paciente chegou consciente, se mantendo em pé e conversando com a equipe.
“Por maior que fosse a complexidade da situação clínica, ela se manteve sorridente, conversando com a enfermagem, elogiando a equipe e sempre muito educada e agradecida por tudo e todos”, disse.
Complicação AVC
No plantão seguinte, o AVC teve uma progressão muito importante e ela acabou tendo uma deterioração clínica a ponto de reduzir o nível neurológico e começar a ter descompensação respiratória.
Enquanto estava lúcida, Zilda optou por não ser intubada ou ficar em uma cama para o resto da vida. “Ela preferia que Deus a levasse sem necessidade de entrar com medidas invasivas”, lembrou.
A avaliação médica em cada plantão reforçava que não haveria uma mudança repentina na situação clínica, pois antes ela conseguia conversar. O profissional reuniu a equipe e tiveram a ideia de fazer algo para celebrar junto da família o último aniversário, algo que trouxesse um pouco de alegria e conforto, de mostrar que a enfermagem estava sensível com todo o caso.
“Nesse dia ela estava completando seus 71 anos, e infelizmente já viria a óbito nas próximas horas devido à evolução negativa do caso. Mas queríamos, naquele momento, manter a alegria, o carinho e o acolhimento que a paciente tinha em seu momento de orientação antes da progressão da doença”, destacou o enfermeiro Matheus.
Velas rosas
Por conta do tempo, eles agilizaram um bolo e velas rosas com a idade de Zilda. Matheus pegou o violão e cantaram ‘Noites Traiçoeiras’, versão de padre Marcelo Rossi, porque segundo o Matheus, o que acalentaria a família nesta situação seria o trecho que diz “O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo”. “Isso para poder dizer o quanto ela era sorridente no dia que chegou e nós a conhecemos”, completou.
Daniella Verdum Vianna, filha de Zilda, contou que todos os anos havia uma comemoração, mas neste não havia se pensando em nada devido à situação agravante, mas que os profissionais adivinharam e conseguiram fazer daquele momento mais especial.
“Fiquei muito emocionada pela homenagem que equipe fez pela mãezinha, agradeço muito pelo carinho e atenção que todos tiveram comigo e com ela nesses dias. Peço que Deus abençoe grandemente toda a equipe”, afirmou.
Ainda sob efeito “anestésico” que a ação proporcionou a todos os envolvidos naquele dia, o enfermeiro lembra que tanto a família, quanto a equipe não conseguiram segurar as lágrimas. “A filha falou que vai fazer um quadro das velinhas para sempre lembrar do que fizemos. E nós ficamos muito felizes por ter contribuído, mesmo com o pouco”, disse Matheus.
Daniella reforçou o significado da ação para sua mãe. “Trouxe as velinhas para guardar de lembrança e eu sei que, onde estiver, ela ficou muito feliz pela homenagem linda que vocês fizeram”.
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