Nesse ‘canteiro de obras’ que está Campo Grande, você sabe diferenciar quem é quem?
Cidade está cheia de obras e cor do chapéu dos trabalhadores pode ajudar a identificar quem queira fazer alguma reclamação ou pergunta, por exemplo.
Graziela Rezende –
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Que Campo Grande tá um canteiro de obras todo mundo sabe. Desvio daqui e dali, tem gente que fica até irritado e não sabe nem onde reclamar ou então tirar dúvidas, caso tenha vontade, principalmente na região central da cidade. Pensando nisso, você sabe dizer quem é quem em uma construção?
Para quem não sabe, é a cor do chapeuzinho que define os papéis de cada profissional. Nestes locais, onde as pessoas geralmente estão de uniformes circulando o tempo todo, manipulando máquinas, fazendo reparos, quebrando e construindo, é justamente este acessório o diferencial para facilitar a identificação no serviço.
Enquanto os carros passam de um lado da via e os homens trabalham de outro, o Edney Jonathan, de 30 anos, por exemplo, é a pessoa que fica sinalizando e mostrando que os motoristas precisam passar de forma lenta ou então aguardarem o tempo certo de seguir pelas ruas, mesmo que o semáforo esteja sinalizando o contrário.
“Eu sou o sinalizador em uma obra, uso o chapéu laranja”, mostrou Edney todo atencioso.
A reportagem do Midiamax o encontrou no cruzamento das ruas Maracaju com a Padre João Crippa, região central da cidade, justamente no momento em que ele esticava as mãos e mostrava que os carros poderiam usar apenas uma das faixas, já que um caminhão basculante descarregava cimento para outros funcionários finalizarem a nova calçada.
“Estou cuidando da sinalização e do trânsito tem 4 meses. Acho que o sinalizador tem que ter sim, faz toda a diferença. E o chapéu é quem nos identifica”, argumentou. O ajudante de pedreiro, Geremias Alves de Moraes, de 53 anos, usa o acessório na cor azul, que identifica a sua função. “É bom ter para distinguir quem é quem. Sempre foi assim nas obras, a gente já sabe quem é pelo capacete”, argumentou.
Técnica em segurança do trabalho, Nilma Oliveira, de 49 anos, usa o chapéu branco com um símbolo atrás. No entanto, a cor não é exclusiva da área dela e sim dos engenheiros também. Dessa forma, a confusão sempre acontece, segundo ela.
Maioria sabe que cor do capacete identifica em uma obra, diz técnica
“Trabalho há 12 anos com isso e a maioria sabe que a cor do capacete identifica cada um. Só que no meu caso a cor branca realmente confunde, ainda mais porque o símbolo da segurança do trabalho, dos encarregados e engenheiros é branco, dependendo do local, então, sempre tem alguém que para e pergunta: você é a engenheira da obra?”, relembra.
Conforme Oliveira, a diferenciação nas cores é imprescindível no dia a dia, até para alguém que queira parar e fazer uma pergunta ou uma reclamação, por exemplo.
“A pessoa chega e quer saber de prazos, reclamar da demora ou então se a calçada dela será quebrada ali no Centro ou como será a questão da acessibilidade, por exemplo. E diante a tanta gente, é na cor do capacete que a gente consegue apontar e falar: é aquele ali, com a cor do capacete tal, que você deve falar”, argumentou.
Com duas décadas de experiência como encanador, Flávio Borges, de 48 anos, diz que está há 4 trabalhando em obras para a prefeitura. “A gente recebe o equipamento, o capacete. O meu é o da cor azul e, quando chego em um novo local de trabalho, já vou diferenciando e sabendo quem é quem”, finalizou.
Cor e significado dos capacetes
Amarelo – usado para servente de pedreiro e também visitantes em uma obra.
Branco – engenheiros, técnicos em segurança do trabalho (com símbolo atrás), mestre de obras e encarregados.
Cinza – estagiários e técnicos.
Verde – operários e carpinteiros.
Azul – pedreiros.
Vermelho – eletricistas (com abas total para não acumular choque) e bombeiros.
Marrom – soldadores e, em alguns casos, visitantes.
Preto – operador de máquinas e, em alguns casos, técnicos em segurança do trabalho.
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