Refazer uma clássica, rural, de raiz e com uma legião de fãs saudosistas em pleno ano de 2022 não é uma tarefa nada fácil e a Globo pode acabar dando um tiro no próprio pé se a nova versão de “” continuar sendo comparada à versão original da TV Manchete, levada ao ar há 32 anos, em 1990.

Ainda viva na memória de muitos, e com a disponível para comparações, a obra da extinta Rede Manchete segue sendo referência para opiniões quanto ao remake da Globo. Recentemente, a emissora da família Marinho divulgou imagens oficiais mostrando o visual dos personagens na regravação. Pronto: as fotos vêm sendo alvo de duras críticas e até viraram chacota em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil.

Considerado por muitos como “Nutella”, o remake ficou ainda mais mal falado após a divulgação das imagens. Os principais alvos de ataques e piadas maldosas são Joventino (Jesuítas Barbosa), Juma Marruá (Alanis Guillen) e Maria Marruá (Juliana Paes).

Mas também sobrou para Tadeu (José Loreto) e José Leôncio na primeira fase (Renato Góes). Todos os personagens mostrados pelo canal devidamente caracterizados estão sendo execrados na internet e nas rodas de conversa: ninguém, absolutamente ninguém escapou.

 
 
 
 
 
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Veja a comparação entre Maria Marruá de 1990 (Cássia Kis) e a Maria Marruá de 2022 (Juliana Paes):

 
 
 
 
 
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Na web, as opiniões ácidas pontuam: “Antes a caracterização era bem mais simples e natural, sem muitos artifícios. Ju Paes é linda, mas não precisavam de colocar megahair, põe cabelo natural, fica mais autêntico”, pontuou uma fã.

“Sem comparação, Maria Marruá e Juma do original foram perfeitas, integradas ao ambiente e convincentes pantaneiras. O remake poderá até ser bom, mas será um pantanal tech, cheio de botox”, disparou uma internauta.

“Parabéns a todos pelo trabalho! Sei que são novos tempos e os preenchimentos faciais não ajudam muito na hora da caracterização a atriz é ótima, mas gostaria de ver um rosto mais natural para personagem da Maria Marruá”, disse outra.

“E esse cabelo “pantaneiro” dessa aí que parece que acabou de chegar de um salão parisiense?”, opinou outro comentário.

Compare também os Joventinos das duas versões. Em 1990, interpretado por Marcos Winter e, em 2022, por Jesuíta Barbosa.

 
 
 
 
 
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Abaixo, veja as opiniões a respeito do visual do personagem:

“No original era playboyzinho, no remake virou hippie”, “Jove tá muito hippie. Se fizeram modificação, vai ser bem estranho viu?” e “Jove estilo esquerdo macho desbloqueado”, foram algumas pontuações na web.

É importante lembrar o contexto do personagem na trama. Joventino é criado no Rio de Janeiro e, após a morte da mãe, decide ir conhecer o pai Zé Leôncio no “Pantanal”. No ambiente rural, o rapaz é ridicularizado pelo próprio pai e pelos peões da fazenda, que debocham de seu jeito de “moço da cidade”. Na versão original, José Leôncio achava o filho afeminado e acreditava que ele era gay. Para evidenciar o embate familiar, a Globo montou um Joventino caracterizado com brincos e tudo, promovendo o choque cultural entre o pai e o filho.

Veja Tadeu em 1990, interpretado por Marcos Palmeira, e, em 2022, interpretado por José Loreto:

 
 
 
 
 
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Nem ele escapou das críticas. “Não gostei do figurino de Tadeu (José Loreto). Peão nutella, é? Cuidado com os detalhes, dona Globo!!! Quanto mais igual à versão original, melhor!!!”, disparou um fã de “Pantanal”.

Até mesmo o simples Zé Leôncio foi criticado, apenas por usar um relógio branco na caracterização do personagem na primeira fase, vivido por Renato Góes.

 
 
 
 
 
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“Só achei esse relógio aí nada a ver”, comentou um internauta. “É outra época kkkk. Avanço tecnológico!!”, respondeu outro, explicando.

A mais criticada, talvez, continua sendo Juma Marruá — Alanis Guillen, em 2022, e Cristina Oliveira, em 1990. Ninguém pega leve com a nova Juma. Confira:

 
 
 
 
 
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Por enquanto, essas são as críticas mais ferrenhas que pairam as expectativas do público para com a obra. Conforme a Globo for mostrando mais personagens devidamente caracterizados, a tendência é de que a lista de comentários negativos aumente. Até então, a maldade ou reprovação ao que o remake tem mostrado varia do “esses atores estão uma vergonha alheia, apaga que dá tempo, Globo, melhor nem colocar esse remake no ar” ao “tô que não me aguento de tanta ansiedade pra ver logo essa nova versão”.

São muitos os que povoam os grupos de internet só para criticar a regravação da Globo, mas sempre tem um fã do remake pronto para defender. Eles são rápidos e mandam logo os saudosistas irem assistir à versão original no YouTube e deixarem o novo folhetim em paz.