Após ver o vídeo em que um homem aparece beijando uma sucuri acasalando em Mato Grosso do Sul, Vilmar Teixeira, o “pai” das sucuris, se pronunciou repudiando a atitude do corretor de imóveis campo-grandense. Indignado, ele comentou o polêmico beijo.

“Atitude irresponsável, jamais se toca em animais silvestres. Me diz por que e pra que fazer isso? Temos que preservar, não tocar nos animais silvestres e nem perseguir. É tão bom ver animais assim livres na natureza”, declarou ao MidiaMAIS o guia local e monitor ambiental, reconhecido como “guardião” das sucuris do Rio Formoso, em Bonito.

Vilmar levou o assunto para a bióloga que o orienta, que também se posicionou. “Não se beija animal silvestre em nenhuma circunstância, isso é absurdo. Se observa e respeita o espaço. Até nós que somos especialistas precisamos de autorização explicando tudo o que faremos, tudo isso não é aleatório, tem um motivo de ser assim”, afirmou a profissional.

Beijo em sucuri

Viralizou esta semana o vídeo de um homem beijando uma sucuri enquanto o animal acasalava em Mato Grosso do Sul. O rapaz em questão é um campo-grandense de 34 anos que estava em um torneio de pesca no último final de semana em Corumbá, quando deu de cara com duas sucuris em ato sexual. Após a repercussão do vídeo, a Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul esclarece sobre uma possível prisão por conta da importunação ao animal.

Acompanhado de amigos, o corretor de imóveis parou para registrar o acasalamento e aproveitou para dar um beijo em uma das cobras. No vídeo, divulgado nas redes sociais, o homem aparece deitado no chão do lado do “bolo” das serpentes e comenta a cena, fazendo referência ao Velho do Rio, personagem da novela “Pantanal” que se transformava em sucuri:

“Véio do Rio, matou muita gente… Zé Leôncio… Ele tá tirando férias agora”, disse ele, dando um beijo na sucuri. Confira:

Homem que beijou sucuri será preso?

Procurada pelo UOL, a Polícia Ambiental de Mato Grosso do Sul fez um alerta sobre o caso. “Já temos autuado vários turistas por aqui manipulando sucuris, brincando com elas, e a gente categorizou isso como utilização do animal. Fizemos um auto de infração administrativo [em outros casos], aplicamos multa de R$ 5 mil porque o animal está na lista de espécies de extinção e enviamos para o Ministério Público para a possível impetração de uma denúncia crime com previsão de pena de 6 meses a 1 ano e meio de detenção”, afirmou o Coronel Edmilson Queiroz, da PMA.

Quanto ao caso mais recente, o Coronel Queiroz disse ao Jornal Midiamax que não aplicará multa e nem fará denúncia ao Ministério Público. Portanto, o homem que beijou a sucuri não será preso.

“Ele não expôs o animal a risco, o animal nem se movimentou. A norma é verbo, é ação, embora ele não colocou em risco, se houve algum risco foi para ele e somente para ele. Nesse caso fica difícil enquadrar em algum crime ou infração administrativa. Então nós não vamos efetuar. É forçar a barra tentar enquadrá-lo como nós fizemos com os demais”, explicou.

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