Depois da repercussão do caso em que um passageiro defecou no carro e deixou uma motorista de app sem trabalhar por 2 dias em , vários trabalhadores da classe passaram a se manifestar e fizeram questão de declarar que a situação como a da condutora é só um terço do que enfrentam no dia a dia.

Bombando nas redes sociais, uma página de Campo Grande está estourada focando nesse tema, relatando e expondo perrengues de motoristas de aplicativo. A “ Sinistro” foi criada há quase três anos pelo campo-grandense Vitor Santos e, segundo ele, começou a “explodir” por agora.

A principal razão do estouro é justamente o conteúdo publicado: os piores sufocos que os condutores enfrentam com seus passageiros. Diante do conteúdo e de outros fatos apurados pelo MidiaMAIS, separamos uma listinha básica com os seis maiores apertos encontrados ou relatados.

1. Sexo e assédio

Campeãs dos relatos, propostas de sexo dominam o ranking. Motorista de Campo Grande, que prefere não ser identificado, conta que já chegou a receber 4 propostas de sexo oral em único dia, sempre de passageiros homens.

“É muito chato, eu sou casado. O povo não respeita, se você fala que é casado aí que eles ficam mais atiçados ainda. O pior é você ter que responder de uma forma educada, para não parecer preconceituoso, mas isso ao meu ver é assédio. Minha esposa não sabe, senão ela não ia deixar eu trabalhar”, revela o trabalhador ao Jornal Midiamax.

Segundo o relato, os “convites” de sexo não têm horário, mas costumam acontecer com mais frequência à noite e em saídas de baladas. “É quando o povo tá mais alterado, ou bebeu, ou usou droga e perde a vergonha. A gente não tem o que fazer, se responde ruim ainda é mal avaliado no aplicativo”, lamenta.

O motorista de 33 anos conta ainda que as abordagens são frequentes e que há até convites de casais que querem apimentar a relação. “Tem gente que acha que Uber agora é garoto de programa, e até tem uns que são mesmo e que gostam que sei, sem problema nenhum, cada um com seu cada um, mas eu e uma maioria estamos ali porque precisamos pagar conta ou sustentar filho”, finaliza o condutor.

2. Vigiar marido

Enquanto alguns têm a fidelidade testada, outros já são acionados para vigiar os cônjuges alheios e descobrir se há no relacionamento.

O pedido para sondar se o parceiro está sendo infiel pode ser perigoso e colocar os condutores em situações muito complicadas. A página Uber sinistro tem alguns casos publicados dessas “solicitações” arriscadas. Veja:

3. Gente folgada

O que não falta são passageiros folgados, que abusam da paciência e pedem os piores favores para os motoristas. Enrolação na hora de embarcar, exagero de pedido de espera e falta de noção sobre o que transportar durante uma viagem urbana.

“Pedem pra levar geladeira, fazer mudança, vish… um monte de coisa maluca”. Os condutores frisam que existem serviços de transporte específicos para essas situações e dizem ficar enfurecidos com folgas como essas abaixo:

4. Quase vomitei

O relato a seguir é do dono da página “Uber Sinistro”. Revoltado com o que passou, ele fez questão de publicar no perfil e se identificar como dono do caso, que aconteceu há apenas 2 dias em Campo Grande.

“Cheguei para embarcar na casa da pessoa e tinha uns 50 cachorros e mil gatos. Gente, a pessoa entrou no carro, andei uns 500 metros, juro por Deus, eu não aguentei o cheiro, quase vomitei dentro do carro. Falei ‘moça, esse cheiro está muito forte', ela falou ‘você tá falando que eu tô cheirando mal?', eu disse ‘não foi bem isso'. Ela respondeu ‘seu tapete tá sujo, ele que tá cheirando' e eu tinha acabado de lavar o carro, era a terceira passageira”, contou Vitor Santos.

Conforme o relato, a mulher ficou brava e disse: “Para ali na esquina que eu vou descer”. “Parei, ela desceu, bateu a porta tão forte que quase abriu a outra e aquele cheiro sumiu. Pessoal, é serio, vocês não têm ideia do quão forte estava o cheiro de cachorro, está no meu nariz até agora. Três anos no aplicativo e eu nunca peguei uma situação dessa, essa mulher precisa de uma vigilância na casa dela urgente”, disparou.

Por fim, o motorista concluiu. “Eu acho que a pessoa tem que ter noção antes de entrar em um carro de transporte, carregamos 30 ou 40 passageiros por dia, um carro cheirando mal é muito desagradável, em momento algum desrespeitei ela, mantive o meu profissionalismo, mas ela não é muito certa não”, finalizou.

5. Peido e cocô clássico

E é claro que não podia faltar nessa lista os odores ou excessos, talvez incontroláveis, como o caso da motorista que teve o assento do veículo defecado por um passageiro.

“Eu trabalho de máscara e cada vez que o passageiro sai do meu veículo eu borrifo álcool, então fica aquele cheiro do álcool no carro. Peguei esse passageiro e era uma corrida curta, aí, de repente, começou a querer vir um cheiro… eu falei ‘não, deve ser que a pessoa peidou, não é possível. Ou pisou num cocô e entrou no carro'”, conta a motorista Sônia Souza ao MidiaMAIS, sobre o que pensou.

Assim que o passageiro desceu, a motorista borrifou o álcool e seguiu o caminho, mas o fedor não diminuiu. Sem imaginar ou querer cogitar a pior possibilidade, Sônia andou meia quadra negando o que já era dado como certo. “O cheiro continuou forte. Eu fechei os vidros para borrifar álcool, encostei o carro, liguei a lanterna do celular e olhei com calma pra ver se tinha alguma coisa. Aí eu vi o meu banco sujo. Eram fezes, uma diarreia líquida. Falei ‘nossa, não acredito'”, diz a motorista.

“Ele nem me avisou na hora que estava passando mal ou algo assim. Porque, se a pessoa fala que está passando mal, eu sempre ando com uma sacola de lixo daquelas grandes, caso seja preciso forrar o banco ou se o passageiro estiver molhado… eu fiquei indignada”, relata a trabalhadora.

Motoristas de todo lugar enfrentam os mesmos perrengues

Ao Jornal Midiamax, o motorista Vitor Santos, de 26 anos, conta que dirige em aplicativos desde 2019 e que a página “Uber Sinistro” recebe prints e depoimentos do Brasil e do mundo. “É de todo lugar, mas tem muita coisa aqui de Campo Grande também”, afirma. Ele o comenta o caso do passageiro que defecou no banco do veículo. “É meio comum… não daquele jeito, mas é comum”, destaca o dono da página.

Sabe de alguma situação ainda pior, quer mandar seu relato e expôr tudo? Conte para o MidiaMAIS no abaixo ou envie para a página “Uber Sinistro”, que é de Mato Grosso do Sul.

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