Primeiro juiz cego do Brasil recebe cartilha elaborada em MS

O desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca foi presentado com um exemplar em braile do Guia de Boas Práticas para Pessoas com Deficiência elaborado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O material emocionou o primeiro juiz cego do Brasil, que atua no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, com sede em […]

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O desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca foi presentado com um exemplar em braile do Guia de Boas Práticas para Pessoas com Deficiência elaborado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O material emocionou o primeiro juiz cego do Brasil, que atua no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, com sede em Curitiba, no Paraná.

Desde que foi desenvolvida pela Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o Guia tem norteado a comunidade, de forma geral, sobre como dar acessibilidade aos serviços para qualquer tipo de público.

Na correspondência endereçada ao magistrado do Paraná, o ofício assinado pelo presidente do TJMS, Des. Paschoal Carmello Leandro, teve o cuidado de ser confeccionado em braille e tinta, ou seja, permitindo a leitura também por quem não domina a escrita tátil utilizada por pessoas cegas ou com baixa visão.

De acordo com o servidor que elaborou o guia, Odair José de Melo, membro da Comissão de Acessibilidade do TJMS, “a finalidade de enviar a primeira cartilha ao desembargador Ricardo foi em razão dele ser um grande representante no Judiciário em relação à acessibilidade nacional. No Tribunal em que atua, ele também é o presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade. Assim, em respeito a sua grande atuação no tema, entendemos que seria prudente compartilhar do nosso trabalho para ele que é um grande colaborador no mundo da acessibilidade”.

Em resposta, o Desembargador Ricardo Tadeu da Fonseca relatou que ficou emocionado com a iniciativa do TJMS ao saber que instituiu sua Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão e elaborou o Guia de Boas Práticas.

“A emoção se justifica pelo fato de que quando iniciei a carreira, nos anos 80, nada disso existia e a minha inserção em sociedade foi muito dificultada pela falta de compreensão das minhas necessidades. O engajamento dessa colenda corte na causa da pessoa com deficiência engrandece o Brasil e se revela como uma fonte de esperança para esse segmento de cidadãos, cuja vulnerabilidade deriva tão somente da falta de convivência em sociedade, a qual ensina, tranquilamente e de forma eficaz, os caminhos para a verdadeira inclusão das pessoas com deficiência. Uma nação que implementa a sua diversidade como valor fundante é uma nação mais rica”, finalizou.

Na prática, o material traz conteúdo que pode ser utilizado em qualquer ambiente de atendimento ao público com o objetivo de levar orientações que auxiliem a melhorar o atendimento em relação a pessoas com deficiência, tornando mais fácil encontrar informações acerca da legislação, conceito, tipos de deficiência, termologias usadas, entre outros assuntos.

A leitura simples da cartilha também facilita o entendimento. Mesmo quem não trabalha com o público pode adquirir conhecimento e fazer uso do Guia. Clique aqui para ter acesso ao material.

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