Com platô na pandemia, ganho de peso é o ‘novo vilão’ após a quarentena
No dia 14 de março de 2020, Campo Grande registrava os dois primeiros casos confirmados de coronavírus na capital e no Mato Grosso do Sul. Quatro meses depois, os moradores de MS presenciaram diversos decretos e mudanças significativas nas atividades do dia a dia. Para combater a disseminação da Covid-19, que hoje já contaminou 51.575 […]
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No dia 14 de março de 2020, Campo Grande registrava os dois primeiros casos confirmados de coronavírus na capital e no Mato Grosso do Sul. Quatro meses depois, os moradores de MS presenciaram diversos decretos e mudanças significativas nas atividades do dia a dia.
Para combater a disseminação da Covid-19, que hoje já contaminou 51.575 pessoas no MS, segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), aulas foram presenciais foram canceladas em todo o estado, diversas empresas e órgãos públicos colocaram seus funcionários e servidores trabalhando em casa, academias foram fechadas entre outras determinações.
Vilões
Todas essas mudanças criaram um cenário atípico, fazendo com que um novo ‘vilão’, além do coronavírus, surgisse, o ganho de peso. De acordo com a endocrinologista Maria Isabel, o cenário instaurado criou dois fatores essenciais para que as pessoas engordassem: a falta de exercícios e a ansiedade.
“Você tem dois fatores, a ansiedade fazendo com que a pessoa tenha uma escolha alimentar inadequada e a falta de exercício físico, que é responsável pelo gasto calórico”, disse a endocrinologista.
De acordo com Maria Isabel, as mulheres são as mais prejudicadas, isso por que elas possuem, na maioria das vezes, menos massa muscular e principalmente pelo fator hormonal que diminuem o seu gasto de energia, resultando no indesejável aumento de peso.
Edna Borges, 53 anos, e sentiu isso na pele, funcionária pública que atua em escolas municipais, foi dispensada de suas atividades presenciais no início de abril, e desde então sentiu o peso aumentar de uma forma indesejada.
Ela relata que ao ficar o dia todo em casa, acaba não resistindo as “beliscadas” ao longo do dia, as vezes os alimentos escolhidos nem sempre são os mais indicados como pães, bolachas e bolos.
De acordo com Maria Izabel, esses tipos de alimentos são considerados de baixo valor nutritivo, ou seja, eles não possuem nutrientes necessários para que o corpo tenha a sensação de saciedade, fazendo com que logo após ingeri-los, a pessoa volte a sentir fome e coma novamente.
“Os açucares, os carboidratos simples liberam uma quantidade muito grande insulina, e como a insulina metaboliza muito rápido o açúcar, acaba que essas pessoas voltam a ter apetite em um período curto de tempo, diferente da proteína ou da gordura boa, que seriam o abacate, as castanhas”, explicou Maria Izabel.
Mas então, como evitar o aumento de peso?
Para Maria Izabel existem três fatores principais que podem ajudar as pessoas que não querem ganhar peso durante esses meses de pandemia e quarentena: boa alimentação, exercícios e ajuda da família.
A endocrinologista explica que a má alimentação é um dos principais motivos para o aumento de peso, por conta disso, saber quais alimentos a pessoa está ingerindo e tentar diminuir ao máximo as famosas “porcarias” é o primeiro passo para vencer a briga contra a balança.
“Tente escolher melhor os alimentos, não tenha doces em casa, se der vontade de comer algum doce, vá na padaria e coma apenas um, não faça um bolo de chocolate em casa, porque provavelmente você irá comer muitos pedaços”, explica a endocrinologista.
Logo depois, o exercício físico entra em ação, Maria Izabel não recomenda, por conta da pandemia, que as pessoas frequentem academias, mas acredita que uma caminhada, corrida ou pedalada ao ar livre pode ser o suficiente para evitar o ganho de peso ou até mesmo perde-lo.
Por último, a endocrinologista disse que o suporte familiar, também se torna essencial nestes momentos, tanto para aliviar a ansiedade como para motivar aqueles que já ganharam peso e precisar voltar a controlar o aumento.
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