De comida a tranças africanas, feira agrega o papel da mulher à cultura negra

Feira Afro está na terceira edição em Campo Grande

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Feira Afro está na terceira edição em Campo Grande

Feijoada das boas, acarajé, música, artesanato, roupas e tranças  africanas. Realizada na Praça dos Imigrantes, neste sábado (10), a terceira edição da Feira Afro agrega o papel da mulher à cultura negra. Em clima descontraído e de bastante união, os trabalhos se misturam à vontade de espalhar a temática e fortalecer o papel do Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul.

Enquanto a banda faz um som ao vivo, o movimento do público segue em ritmo de festa. Há espaço e tempo para todos aproveitam de tudo. Além do encontro entre amigos, a feira também tem espaço para comer, dançar e, claro, conhecer melhor a cultura africana.

De comida a tranças africanas, feira agrega o papel da mulher à cultura negra

Todos os produtos vendidos no local estão relacionados à cultura afro, mas não necessariamente são produzidos por negros. A estilista carioca Cris Portela vende roupas feitas com cangas estampadas com figuras e desenhos africanos e ela participa da feira desde a primeira edição e inclusive faz parte do coletivo.

“O importante é a união, somos todas mulheres, uma ajuda a outra, saio para panfletar com elas e o que vale é incentivar o empreendimento de cada uma de nós”, ressalta Cris.

Por falar no vestuário, as estampas das roupas e cangas trazem um colorido especial à feira. E os modelos exóticos chamam a atenção de quem passa por lá. Brincos coloridos e confeccionados à mão, além de bonecas negras de pano, também são comercializados na feira. 

Na parte dos artesanatos, Vonei Robson vende desenhos africanos feitos em madeira e pintados com lápis de colorir. É a primeira vez que ele participa do evento com as peças do “Meu Guiné” e considera importante o envolvimento com outros artesãos que promovem a cultura negra.

Outra barraca bastante movimentada na feira foi de Betinha Yadila, que faz as tranças africanas. Há 10 anos ela atende em casa e participa do evento desde a primeira edição. E assim, ela cumpre o papel na divulgação da própria cultura, trançando a arte afro em cabelos.
De comida a tranças africanas, feira agrega o papel da mulher à cultura negra

“A cada feira, sentimos esse impacto social e cultura com o público, que se envolve cada vez mais com a temática”, diz Ana José Alves, uma das organizadoras do evento.

Admirador e colaborador do Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul, Galvão Pretto ressalta o crescimento fa Feira Afro. “Vai devagar, mas vai longe”, descreve.

Visitantes

E longe que foi, chegou à comunidade quilombola Mata Cavalo, do município Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. Neste sábado, um grupo de mulheres de lá visitavam a feira.

“Viemos fazer um intercâmbio entre a vivência da cultura aqui com o que vivenciamos lá na nossa comunidade. É uma troca”, afirmou Lucilene Ferreira, integrante da Mata Cavalo.

​Datas especiais

Sempre em datas representativas, o Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul ocupa o Praça do Imigrante deste julho de 2017. A primeira vez que levaram o trabalho delas para o local foi em parceria com a o Sarau, que é realizado toda segunda-feira na praça, no dia 25 de julho, data que é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Depois desta parceria, veio a ideia de montar um evento exclusivo do Coletivo, ou seja, a Feira Afro. A primeira edição foi realizado em 23 de setembro, que é a data de aniversário do grupo. A segunda, ocorreu em 2 de dezembro, que é o Dia Nacional do Samba. 

Esta terceira edição, realizada neste sábado (10), faz referência ao Dia Internacional da Mulher, que foi comemorado na última quinta-feira (8).

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