No inicio, a gerente conta que ela buscava as coreografias na internet e escolhia quem ia dançar

Quatro garçons e uma garçonete são responsáveis pelo diferencial de casa de shows sertanejos da Capital. Como uma atração a mais da casa, Reinaldo Yuri Chaves, Caroline Moraes Vieira, Pedroimar dos Santos, Alex Santos e William Aguiar fazem do local de trabalho uma forma de se divertir.

Os ‘dançarinos' já estão habituados a serem atração da noite. Eles se conhecem há dois anos e eram de outra casa noturna da Capital. A gerente Anailu Roza disse que a ideia de fazer deles uma atração foi quando ela ainda era cliente das boates. “Eu via no Pele Vermelha aqueles índios dançando e achava um máximo”, declarou.

Anailu já esteve no comando de outra casa noturna de e disse que foi lá que começou a treinar seus ‘filhos', assim chamados carinhosamente. “Quando eu era da Valley eles dançavam também, aí eu morei fora do Estado e vi que isso é comum. Eu retornei para Campo Grande e na Woods voltei o projeto”, ressaltou.

No início a gerente conta que ela buscava as coreografias na internet e escolhia quem ia dançar, já que todos tinham vergonha de subir no palco, mas que depois com o sucesso e a aceitação do público, os próprios garçons montavam as coreografias e dançavam. “A gente é uma equipe que está junta há quase dois anos. Aonde um vai, vamos todos atrás, estamos sempre unidos”, afirmou Reinaldo.

Os dançarinos de plantão relatam que essa é uma forma de ficar mais perto do público e que nunca tiveram contato com a profissional. “No meio da noite a gente vai inventando e criando, um olha pro outro e já faz um passo e vamos criando”, afirmou Pedroimar.

Com a única mulher do grupo, Caroline ressalta que tudo faz parte de uma brincadeira com os colegas e uma forma de interagir com os clientes. “A gente curte junto, é a nossa balada. Eu aproveito muito mais estando trabalhando e dançando do que quando eu saio e vou curtir. Não é vergonha, mas aí não tenho os amigos, está fora do seio, fico inibida”.

Público

Para Anailu, além da felicidade dos funcionários, o público tem aceitado bem a dança dos garçons. “Tenho retorno da interação dos garçons com o público, onde aumentaram os elogios. Eles acham bacana, as pessoas servindo eles e tentando animar. Na hora da dança dos garçons a casa toda para e olha eles. Todo mundo para e filma, tira foto, o público gosta”, afirmou.

Profissional

A brincadeira de colegas de trabalho está ficando séria. O dançarino e coreógrafo Ivan Sousa está ensaiando o grupo para uma festa havaiana que vai ter neste sábado (24). “Vamos ajudar os garçons a executarem um trabalho mais profissional. Era uma brincadeira e agora vai ficar bem profissional”, concluiu.