“Semana do Cinema Brasileiro” propõe debate sobre espaço destinado a filmes nacionais

A partir desta segunda-feira (15) uma programação especial será realizada no MIS 

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A partir desta segunda-feira (15) uma programação especial será realizada no MIS 

O Dia do Cinema Brasileiro é na sexta-feira (19), mas a partir desta segunda-feira (15) a data já pode ser comemorada em Campo Grande, e do melhor jeito: com filme. Uma programação especial com palestras, exposição, oficinas e debates foi montada para trazer de volta às telas as produções brasileiras, ‘expulsas’ dos cinemas de todo o país.

Com problemas graves de distribuição, as produções nacionais chegam a uma parcela ínfima da população. Em cinemas de todo o país, na maioria das vezes, apenas uma sala é reservada para filmes brasileiros, mais ou menos 10% do mercado.

Uma das organizadoras da Semana do Cinema Brasileiro, Carolina Lima, explica que situações como estas perpetuam o mito de que as produções brasileiras estão “abaixo das internacionais”. “A importância da semana se dá na medida em que se faz necessário desmitificar na sociedade brasileira a ideia de que a produção nacional é ruim, de que todo filme brasileiro é apelativo e pornográfico”.

Às 14 horas, na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim, será aberta a exposição “Cinema em Letras”. Além de livros que retratam a história do cinema brasileiro, o evento contará com palestra do jovem cineasta Essi Rafael e exibição do filme “Ela veio me ver” no MIS (Museu da Imagem e do Som de MS).

Na terça-feira (16), às 14 horas, a coordenadora do Núcleo Audiovisual da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Lidiane Lima, ministrará a oficina “Be-á-bá do cinema”. A intenção é apresentar a alunos de escolas públicas as especificidades básicas da sétima arte por meio da exibição do curta-metragem: ‘Calango? Calangolengo’. A oficina acontecerá na biblioteca e a exibição do curta no MIS.

Na quarta-feira (17), é a vez do poético e artístico documentário “500 almas”, de Joel Pizzini, que recebeu mais de 50 prêmios. A exibição, às 19 horas, será feita pelo projeto “Cinema (d)e Horror” e a mediação fica por conta de Patrik Adam.

O cineasta Joel Pizzini, criado em Mato Grosso do Sul, é reconhecimento internacionalmente. O único brasileiro a concorrer ao Prêmio Urso de Ouro, em Berlim. “Pensamos em apresentar ‘500 Almas’ para quebrar a ideia de que documentário tem um cunho exclusivamente científico ou jornalístico”, explica Carolina.

Na sequência, quinta-feira (18), será promovida uma reunião do setorial do audiovisual, às 19 horas, também no Museu da Imagem e do Som.

O encerramento do evento será na sexta-feira (19) com a palestra “Literatura e Cinema Brasileiro” do professor Volmir Cardoso. Ele ministrará ainda a oficina “Os matadores de aluguel na literatura de Marçal Aquino e no cinema de Beto Brant” e exibirá trechos do filme “O invasor” de Marçal de Aquino.

A Biblioteca Pública Dr. Isaías Paim e o Museu da Imagem e do Som de MS ficam no Memorial da Cultura e Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559.

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