Sem conseguir voar, pássaro deixado pela mãe é alimentado e recebe nome ‘engraçado’

Filhote é alimentado com banana amassada e minhocas 

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Filhote é alimentado com banana amassada e minhocas 

Este sábado (5) foi dia de despedida. Depois de 13 dias do nascimento do primeiro ovo, a mamãe pássaro da espécie cambacica resolveu partir levando seus filhotinhos da casa do jornalista Walter Maiolino na região do Carandá, em Campo Grande. Mas desta vez ela deixou um presente: um dos passarinhos não se desenvolveu e acabou sendo deixado para trás. 

O jornalista conta que quase não deu tempo de se despedir tamanha a rapidez em que tudo aconteceu. “Quando acordei pela manhã vi que um dos filhotes estava com quase todo o corpo do lado de fora do ninho, na hora já percebi que havia chegado a hora de irem embora. Mais que depressa peguei a câmera e tirei algumas fotos. Não deu nem dois minutos e a mãe apareceu na janela chamando os filhotes e eles voaram”, conta entusiasmado.

Mas logo Walter se atentou para um detalhe, apenas dois dos passarinhos voaram, mas no total eram três. Depois de uma pequena procura Walter conseguiu localizar o filhote quietinho em um canto da sala. “Encontrei ele entre o sofá e mesa. Peguei ele e coloquei em um cestinha forrada com um pano e comecei a alimenta-lo”, diz.

Apesar de ter recebido o mesmo tratamento e alimentação que os irmãos, o jornalista explicou que o pássaro não se desenvolveu e por isso não conseguiu voar. Sabendo que o filhotinho não sobreviveria se fosse devolvido à natureza assim, o jornalista acabou assumindo o papel da mãe e até escolheu um nome pra ele: Chicogunha.

“É pouco provável que a mãe volte, por isso comecei a dar comida pra ele. Amasso uns pedaços de banana e coloco no bico com a ajuda de um palito dente. É só eu segurar ele que já abre o biquinho”, conta o jornalista que diz até pegar minhocas no quintal para dar para o filhote. Indagado sobre o nome escolhido para o pássaro, Walter responde em meio a uma gargalhada. “Botei esse nome porque é engraçado”.

Agora a torcida é para que o pássaro sobreviva e consiga tomar o mesmo caminho dos irmãos. “Essa é a lei da natureza, os mais fortes saem na frente, mas vamos torcer para o Chicogunha”, conclui.

 

Ninhadas

Pelas contas de Walter, cerca de 30 filhotes já passaram pelo local, sempre com o mesmo ritual. Depois de construído o ninho, todo ano os ‘pais’ retornam ao apartamento para incrementar as instalações, a cada seis meses, e chocar os ovos.

São duas ninhadas de três filhotes por ano, mas em 2015 foi diferente. “Esta é a terceira ninhada, acho que porque a segunda só vingou um filhote, que inclusive caiu do ninho, mas eu corri lá e coloquei ele de volta”, conta o jornalista.

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