‘Se não me emocionar, volto e refaço’, diz videomaker que inovou o mercado de casamentos

A criatividade foi sua aposta para inovar em um mercado engessado 

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A criatividade foi sua aposta para inovar em um mercado engessado 

Para fugir da concorrência com os irmãos em uma família de fotógrafos, o paranaense Gui Dalzoto, descobriu os vídeos. Fazendo aquilo que lhe agradava, quase por intuição, ele revolucionou o mercado de vídeos para casamentos e é considerado um dos melhores videomakers do Brasil. Sua aposta é simples: criatividade.

Em entrevista ao MidiaMais, Gui explica que a paixão por contar histórias sempre existiu e, desde o inicio, é a principal marca de suas produções. “Esses dias parei para olhar os meus trabalhos mais antigos e percebi que desde sempre o meu lance é contar histórias. Melhorei alguma coisa e técnica, mas o estilo é o mesmo. Aliás, estilo não se muda”, disse.

Gui ficou famoso por fazer pequenos filmes de casamento, filmes não, documentários, como me corrige. “Contamos histórias reais, por isso estamos bem longe de fazer filmes”, explica. Ele foi um dos primeiros a exibir vídeos editados no mesmo dia durante as cerimônias. “Na verdade são vídeos simples, parecem grandes produções porque 80% é filmado antes do dia do casamento. Hoje meu trabalho é realizado muito mais antes do que no dia da cerimônia.”

Cerca de 10 dias antes do grande dia, Gui começa a acompanhar o casal. A ideia é entender e captar a essência dos dois, diz ao explicar que não costuma trabalhar com roteiros prontos. As ideias surgem da intimidade que adquire com os clientes e com a peculiaridade da história de cada um.

“Uma vez uma cliente queria gravar fora do país, em um lugar bastante visitado. Eu perguntei para ela porque, né? Imaginei que tivessem se conhecido lá ou tivessem uma história com o lugar, mas não. Ela queria conhecer. Daí perguntei onde haviam se conhecido e ele disse que foi em um café. Pronto. Já tinha a roteiro do vídeo deles.”A intimidade é tanta que certa vez, Gui conseguiu mudar o local da cerimônia quase em cima da data do casório.

Um de seus vídeos foi gravado em Mato Grosso do Sul. Dá uma olhada lá embaixo para conferir. A cena inicial em que a avó reza ao telefone foi a saída encontrada por Gui para torná-la presente na cerimônia. “A avó estava na Europa e não poderia vir. Percebi que a família estava meio triste com isso e peguei o telefone e disse para ligarem para ela. Foi assim que surgiu a cena.”

Aos 27 anos, Gui diz viver mais a vida dos clientes do que a própria. “Eu tenho pouco tempo para viver a minha vida hoje em dia, vivo mais a vida deles. São vários dias juntos durante a pressão da semana do casamento. Eu participo e vivo aquilo muito ativamente. Não tem como não me emocionar. Eu choro todas as vezes. Se não me emocionar, volto e refaço tudo”, conta.

Com vários trabalhos incríveis, ele conseguiu entrar no tão sonhado mercado de classe alta, mas por lá não permaneceu por muito tempo. “Hoje meus clientes não são de grande poder aquisitivo, já foi o meu mercado. Mas percebi que o que eles buscavam era ostentar. Não queriam se doar para a história, com isso meu trabalho não ficava legal e eu me frustrava. Decidi abandonar. O dinheiro não pode ser mais importante”, conta.  

Para ele, os vídeos são feitos pensando no futuro e não no momento da exibição. “Na hora as pessoas choram, se emocionam, mas é só isso. Penso no futuro, quando esse casal for mostrar o vídeo para os filhos, os netos. Isso sim é incrível.” Os trabalhos de Gui Dalzoto estão em seu canal no vimeo. Dá uma olhada lá! 

 

Iniciando o documentário para o grande dia dos incríveis Emilie e Beto
Costa Rica – Mato Grosso do Sul

 

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