Grupo baseia-se em violência psicológica causada pela imprensa em nova montagem
“Verdades Inversas” é o mais novo trabalho do Flor e Espinho
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“Verdades Inversas” é o mais novo trabalho do Flor e Espinho
Campo Grande tem teatro sim senhor! E independentemente da crise que a classe cultural sofre por parte da administração municipal, o Grupo Flor e Espinho realiza uma série de apresentações gratuitas pela cidade afora.
A imprensa sensacionalista, razão e loucura, verdades e inversões fazem parte do roteiro de ‘Verdades Inversas’, o mais novo espetáculo de teatro de rua do grupo. Segundo o diretor da peça, Anderson Lima, a pesquisa de texto partiu de histórias reais e tratam em si, a violência psicológica que as pessoas sofrem. “Baseamos em algumas pessoas que sofreram abusos e foram mortas e chegamos à compreensão de como a imprensa relata apenas, sem causa, o assunto”, conta.
Ele garante ainda que o texto é poético e que a mensagem real do espetáculo é fazer um olhar sobre o outro. ‘Verdades Inversas’ foi contemplado pelo Prêmio Rubens Corrêa de Teatro 2014, organizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Por ser teatro de rua, as apresentações do espetáculo acontecerão nas feiras livres, a partir desta quinta-feira (12), na Feira Moreninha, sexta-feira (13), na Feira do Nova Bahia, sábado (14), na Feira da Vila Jacy, domingo (16) na Feira Central sempre no mesmo horário, às 20 horas. Na próxima segunda (17), o espetáculo será realizado na Praça Ary Coelho, às 17h30.
Sobre percorrer as feiras livres, nos bairros, Anderson diz que se sente na obrigação, enquanto artista, de levar a cultura até esses pontos. “A cidade está desassistida, não se vê muitas coisas por ai, ainda mais agora com esse descaso da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) em cortar as verbas para a gente produzir, a gente tenta não penalizar as pessoas e levar sim, reflexão através da arte para todos os cantos”, pontua o diretor.
A dramaturgia é assinada por Péricles Anarcos, o figurino é de Anderson Bosh e a trilha é de Ewerton Goulart. O elenco é composto por Alex Petersen, Ewerton Goulart, Luiz Cláudio Dias, Nathalia Andrade, Nathália Borioli e Renata Cáceres.
O grupo
Flor e Espinho dedica-se desde 2006, a uma produção autoral de teatro e investe nas potencialidades de um ator versátil mas que abranja as diversas linguagens e possibilidades para a criação cênica.
Tem como objetivo investigar a sociedade contemporânea e nunca deixando de lado a relação entre a autonomia criativa do ator, o ambiente social que o cerca e a sustentabilidade econômica em si.
De forma independente, o grupo mantém uma sede, que muitas vezes se torna um centro cultural alternativo, onde realizam ensaios, atividades de interesse público, oficinas e ações nas políticas culturais.
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