Atrizes do próprio filme, mulheres de MS vão parar no “Esquenta” da Regina Casé
A reportagem vai ao ar no programa de domingo (25)
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A reportagem vai ao ar no programa de domingo (25)
De vítimas de violência doméstica à atrizes de seu próprio filme rodado em Anastácio, a 135 quilômetros de Campo Grande. Sem patrocínio e com poucos equipamentos, elas arrastam as filmagens há mais de 1 ano. Mas o que já foi feito é bom e ganhou reportagem especial do Programa Esquenta, da Regina Casé. A filmagem vai ao ar neste domingo (25), a partir das 13h40 (horário de Mato Grosso do Sul).
Das 50 mulheres que compõem a Amina (Associação de Mulheres extrativistas do Pantanal), 20 delas sofreram violência doméstica e todas as outras já viram ou conhecem quem já sofreu do mesmo mal. Mas, embaixo de uma árvore elas se conheceram, se reconheceram e, mais que isso, se fortaleceram.
O projeto da associação que conta com o apoio da Oi Futuro oferece formação profissional gratuita para mulheres vítimas de violência doméstica e comemorou 11 anos de fundação em setembro. De presente elas “se deram” uma loja própria para venda da produção local de artesanato e doces caseiros.
Hoje são conhecidas como as “marruás pantaneiras” pela bravura que encaram os desafios. No comércio pequeno, baseado no extrativismo vegetal, elas conquistaram a independência financeira e o desafeto de quem as subestima. “Aqui na cidade muita gente ainda tem preconceito. A gente sempre ouviu que a culpa era nossa, que somos mulheres de bandido. As pessoas falam”, explica Nilma Infran, 44 anos, coordenadora da Amina.
Foi para desconstruir esse “falatório” do povo que elas embarcaram no projeto de rodar o próprio filme. “Conseguimos alguns equipamentos e fomos rodando sem saber como se faz. Os atores somos nós mesmo que também dirigimos o filme”, conta.
As gravações começaram há mais de um ano, mas por falta de verba e de equipamentos ainda não foram finalizadas e nem tem previsão de término. Agora, elas vivem a expectativa de conquistar apoio a partir da reportagem do Programa Esquenta.
“Eles vieram aqui e gravaram com a gente, com as mulheres e mostraram tudo. Depois eu [Nilma] e mais três mulheres fomos para o Rio de Janeiro para participar do programa. Foi muito legal, nossa”, conta entre risos ao se lembrar da experiência de conhecer o Rio.
O programa vai ao ar neste domingo (25) e por lá a ansiedade já é enorme. “A gente acha que isso vai ajudar bastante a gente a terminar o filme. Queríamos poder alugar um drone para mostrar o Pantanal de cima e comprar figurino”, disse ao explicar que mesmo diante de todas as limitações técnicas o filme recebeu nota 8 da produção do programa. “Disseram que as imagens são cruas, mas que nossa ideia é boa.” E é! Quem duvida?
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