Profissional tem vínculo com o , mas voltará a Campo Grande pela qualidade de vida

Um gatilho diferente motivou o destino profissional de Cláudio Baisch de Andrade Cintra, atualmente integrante da equipe médica da Sociedade Esportiva Palmeiras. Ele foi contratado pelo clube aos 26 anos, em 2013, sendo na época um dos médicos mais novos em atuação por times da Série A do Campeonato Brasileiro. Nascido e criado em Campo Grande, Cacau como era chamado na infância decidiu que faria parte de um time de aos 16 anos. Depois escolheu que conseguiria isso sendo um médico, porém, um projeto na Cidade Morena irá tirá-lo de São Paulo no fim deste ano.

“Tenho empresa constituída em Campo Grande, com incentivos fiscais da Prefeitura já aprovados. Pretendo criar na minha cidade um espaço voltado para a Reabilitação e Preparação Física de atletas e pessoas comuns. Falta ainda acertar algumas questões de financiamento, mas o centro deve requerer um aporte de R$ 1,5 milhão de investimento”, conta o doutor.

Decisão acertada

Cláudio cursou Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul entre 2004 e 2010, mas não participou da festa de formatura. O evento ocorreu na véspera de uma concorrida prova para ingresso na Residência da USP (Universidade de São Paulo). A abdicação à cerimônia valeu a pena, já que o resultado foi a aprovação com o segundo lugar entre os candidatos.

“Ele foi sempre muito estudioso, determinado e gostava muito de futebol e falava muito disso. Sabia que ele conseguiria se tornar um especialista em Medicina Esportiva mas fico feliz que a escolha o tenha feito trabalhar em um grande clube”, diz o vizinho Eduardo Luis Marques, sem contato há algum tempo com Cláudio.

Durante a residência, Cláudio pode iniciar a realização de seu sonho em um estágio promovido pela instituição dentro do Departamento Médico do Sport Club Corinthians Paulista. O destaque na atividade profissional o levou a receber uma proposta do Flamengo. O médico, porém, priorizou o Palmeiras e no final de 2015, após se casar, deve trocar o glamour de um time de expressão no cenário nacional pela qualidade de vida em Campo Grande.

“Sempre quis voltar para a minha cidade. É um projeto”, frisa ele, que também é preceptor na Residência Médica da sua área na USP.