Índios do Estado são levados para trabalho escravo no RS, diz denúncia ao MPF
Os índios disseram que ficavam em um alojamento com 200 pessoas
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Os índios disseram que ficavam em um alojamento com 200 pessoas
Índios terenas de Miranda procuraram a Comissão de Direitos Humanos (CDH), para relatarem a situação de trabalho escravo a que estariam sendo submetidos na colheita de maçãs em Vacaria (RS).
O CDH protocolou denúncia na tarde desta sexta-feira (6), no MPF (Ministério Público Federal), MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e na Defensoria Pública da União de Mato Grosso do Sul.
Quinze de 35 indígenas que retornaram nos últimos dias, fizeram a denúncia. A empresa Agronegócio Shio LTDA, de acordo com a assessoria jurídica do CDH, tinha contato com um cacique da aldeia Cachoerinha que ofereceu a proposta de emprego a índios da aldeia Moreira, que fica na mesma região.
Ainda de acordo com a Comissão de Direitos Humanos, dos cerca de 100 índios que foram em dois ônibus, alguns ainda continuam trabalhando na colheita. Os 35 índios retornaram após uma vistoria do MPT-RS (Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul), que obrigou a empresa a registrar seus funcionários, de acordo com a denúncia.
Por 15 dias de trabalho aproximado, a maioria recebeu R$ 125, disse o assessor jurídico do CDH, Anderson Santos. Os índios disseram que ficavam em um alojamento com 200 pessoas de diversos lugares em quartos pequenos com beliches, onde dividiam seis chuveiros e três vasos sanitários.
Os terenas também contaram que não podiam sair do alojamento, após o trabalho diário que era das 7 ao meio-dia e das 13 às 17 horas, na qual muitas vezes o horário final era extrapolado.
Além disso, também consta na denúncia que os trabalhadores tinham uma meta de colher 25 caixas de maçãs por dia. No dia a dia ainda seriam assediados moralmente, com ironias com dizeres que “mulheres faziam o trabalho melhor do que o deles”.
“Queremos que os órgãos competentes tomem providências”, disse Anderson. Também estiveram durante a protocolação, o coordenador geral do CDH, Edivaldo Bispo Cardoso e Paulo Ângelo também do CDH. A reportagem entrou em contato com a empresa, que informou que por conta do horário só na próxima segunda-feira (9) algum responsável poderá falar sobre o assunto.
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