UFMG decide expulsar estudante que praticou trote racista
O Conselho da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) decidiu nesta terça-feira (12) pela expulsão de um estudante de direito que participou de trote com conotações sexistas, racistas e nazistas na instituição, em março de 2013. Outros três alunos envolvidos serão suspensos por um semestre. O rapaz expulso participou de fotos amplamente divulgadas em redes […]
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O Conselho da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) decidiu nesta terça-feira (12) pela expulsão de um estudante de direito que participou de trote com conotações sexistas, racistas e nazistas na instituição, em março de 2013. Outros três alunos envolvidos serão suspensos por um semestre.
O rapaz expulso participou de fotos amplamente divulgadas em redes sociais. Em uma delas, uma estudante pintada de preto, com a inscrição: “caloura Chica da Silva”, aparece acorrentada. Em outra, um calouro é mostrado amarrado a uma pilastra ao lado de veteranos que fazem a clássica saudação nazista, erguendo o braço direito.
Uma comissão da UFMG investigou 134 estudantes que participaram do trote, desde outubro do ano passado, e seu parecer serviu de base para a decisão do conselho.
Segundo o reitor da UFMG, as punições aos estudantes foram adequadas. “A universidade tem uma responsabilidade perante a sociedade e a comunidade, e atos como esses não podem ser tolerados”, disse.
A reportagem não localizou representantes dos estudantes para comentar a decisão.
Relembre o caso
O trote ocorreu em 15 de março do ano passado nas dependências da faculdade. As duas fotos “viralizaram” nas redes sociais, em especial no Facebook, com mais de 2.500 compartilhamentos em menos de 5 horas, e causaram protestos em grupos de discussão relacionados à universidade.
Na página do Facebook do CAAP (Centro Acadêmico Afonso Pena), da Faculdade de Direito, enquanto alguns internautas consideraram o trote “ofensivo” e “humilhante”, outros disseram se tratar apenas de uma brincadeira tirada do contexto.
Em abril de 2013 o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial publicou moção de repúdio ao trote no DOU (Diário Oficial da União) e solicitou providências à UFMG.
A UFMG, por sua vez, divulgou nota de repúdio às “brincadeiras” feitas durante o trote. “Elas representam um ato de violência que não faz parte da vida acadêmica”.
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