Ucrânia: oposição diz que edifícios administrativos continuarão ocupados

O líder do Partido Nacionalista ucraniano Svoboda (Liberdade), Oleg Tiagnibok, disse hoje (30) que os manifestantes não abandonarão os edifícios administrativos ocupados, para que entre em vigor a Lei de Anistia adotada nessa quarta-feira pela maioria no Parlamento. “Certamente que não”, respondeu Tiagnibok à pergunta dos jornalistas se os manifestantes estavam disposto a cumpri…

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O líder do Partido Nacionalista ucraniano Svoboda (Liberdade), Oleg Tiagnibok, disse hoje (30) que os manifestantes não abandonarão os edifícios administrativos ocupados, para que entre em vigor a Lei de Anistia adotada nessa quarta-feira pela maioria no Parlamento.

“Certamente que não”, respondeu Tiagnibok à pergunta dos jornalistas se os manifestantes estavam disposto a cumprir a condição imposta pelo Parlamento para a entrada em vigor da anistia. O líder nacionalista disse que o Parlamento adotou essencialmente uma lei sobre “reféns”.

Além disso, Tiagnibok contestou a forma como a Lei de Anistia foi aprovada, já que foi votada sem debate prévio. Os grupos parlamentares opositores, que exigiam a aprovação de uma anistia sem nenhum tipo de condições, não participaram da votação.

“A oposição sente-se enganada. Os manifestantes não vão abandonar a Maidán [a Praça da Independência], nem os edifícios administrativos”, declarou o deputado do partido opositor Batkivshina (Pátria) Andréi Porubi.

Após várias horas de negociações, o texto foi aprovado por 232 dos 416 deputados presentes na Rada [o Parlamento unicameral], na sequência de uma rara reunião dos deputados do Partido das Regiões com o presidente Viktor Ianukovitch.

No entanto, além da rejeição do documento por 11 deputados do partido, a oposição optou pela abstenção, após criticar um dos pontos que exige o abandono dos edifícios de Kiev ocupados pelos manifestantes antes da entrada em vigor da nova legislação. Um total de 173 deputados não votou.

As manifestações contra o governo começaram em novembro do ano passado, depois de Viktor Ianukovitch – sob influência da Rússia – ter impedido o acordo entre a Ucrânia e a União Europeia.

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