Torcedores do Brasil poderão ser investigados por homofobia

Torcedores brasileiros e mexicanos poderão ser investigados por cantos homofóbicos durante partida entre Brasil e México na terça-feira em Fortaleza, disseram fontes da Fifa à reportagem. Cartazes antissemitas e preconceituosos de torcedores que acompanhavam a Croácia e a Rússia na Copa também estariam sob análise, disseram as fontes da Fifa. Os incidentes teriam sido registrado…

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Torcedores brasileiros e mexicanos poderão ser investigados por cantos homofóbicos durante partida entre Brasil e México na terça-feira em Fortaleza, disseram fontes da Fifa à reportagem.

Cartazes antissemitas e preconceituosos de torcedores que acompanhavam a Croácia e a Rússia na Copa também estariam sob análise, disseram as fontes da Fifa.

Os incidentes teriam sido registrados na partida entre Brasil e Croácia, em 12 de junho, e entre Rússia e Coreia do Sul, na terça-feira.

Não está claro ainda quais medidas poderiam ser aplicadas pela Fifa.

A Fifa introduziu regras duras no ano passado para tentar conter uma onda crescente, na Europa, de ofensas racistas de torcedores contra jogadores.

A punição nesses casos afeta as equipes desses torcedores; elas podem ser obrigadas a disputar partidas a portas fechadas e, diante de novos casos, sofrer redução de pontos, rebaixamento ou expulsão de uma competição.

O órgão informou já ter iniciado um processo disciplinar contra o México após relatos de racismo por torcedores em partida da Copa do Mundo contra o Camarões. Na mesma partida, o goleiro de Camarões também teria sido vítima de cantos homofóbicos, o que também será analisado pela Fifa.

A instituição disse em comunicado que a investigação foi iniciada após o que chamou de “conduta imprópria” de fãs mexicanos.

Antecedentes

Diversos jogadores foram vítimas de racismo nos últimos meses.

No caso mais emblemático, um torcedor atirou uma banana contra o lateral da seleção brasileira Daniel Alves, durante partida do Barcelona na Espanha. Ele comeu a fruta e continuou a jogar.

O episódio deu início a uma campanha global, lançada pelo jogador Neymar, contra o racismo.

A luta contra o racismo e o preconceito vinha sendo vista pelo governo como uma das bandeiras dessa Copa.

Em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff chegou a pedir ao papa em Roma uma mensagem contra o preconceito, para ser associada aos esforços do governo em fazer o que ela chamou de “Uma Copa pela Paz e uma Copa contra o racismo”.

A Fifa se uniu a este empenho e criou uma força-tarefa ligada ao tema. Segundo a Agência Brasil, o diretor da força-tarefa, Jeffrey Webb, disse que a fase de quartas de final da competição será dedicada ao combate ao racismo.

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