Remédio para medula reverte tipo grave de calvície

Cientistas americanos conseguiram reverter a perda de cabelo de três homens usando um remédio que combate doenças relacionadas à medula óssea. Os pacientes eram portadores da chamada alopecia areata – um tipo grave de calvície. Mas depois de cinco meses tomando um medicamento chamado ruxolitinib, o cabelo dos três pacientes voltou a crescer. As descobertas, […]

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Cientistas americanos conseguiram reverter a perda de cabelo de três homens usando um remédio que combate doenças relacionadas à medula óssea.

Os pacientes eram portadores da chamada alopecia areata – um tipo grave de calvície.

Mas depois de cinco meses tomando um medicamento chamado ruxolitinib, o cabelo dos três pacientes voltou a crescer.

As descobertas, realizadas pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, foram publicadas na revista científica Nature Medicine.

Doença devastadora

A alopecia areata afeta cerca de duas em cada mil pessoas no Reino Unido e, segundo os médicos, é uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico do paciente ataca os folículos capilares.

O ponto de partida do estudo começou quando os cientistas americanos identificaram um conjunto de células do sistema imunológico envolvidas na destruição do cabelo e realizaram uma série de testes bem-sucedidos em ratos de laboratórios.

Eles então ministraram duas doses diárias de ruxolitinib a três pacientes que apresentavam níveis de alopecia areata de moderado a grave.

O uso do medicamento já foi aprovado para tratar doenças ligadas à medula óssea nos Estados Unidos e na União Europeia.

Todos os três pacientes, que já haviam perdido pelo menos um terço de todo o seu cabelo, viram um crescimento expressivo dos fios durante os cinco meses de terapia.

Segundo o cientista responsável pela pesquisa, Raphael Clynes, “acabamos de começar a testar o medicamento em pacientes, mas se o resultado continuar a ser positivo, terá um impacto positivo e substancial na vida de pessoas com essa doença”.

David Bickers, dermatologista da Universidade de Columbia que já tratou centenas de pacientes com calvície, afirmou: “Há poucas opções para o tratamento da alopecia areata que realmente são eficazes”.

“A descoberta é um grande passo a frente em melhorar o padrão de tratamento para pacientes sofrendo dessa doença devastadora”.

Pesquisadores afirmam, no entanto, que mais estudos são necessários para ver se o medicamento pode ser oferecido mais amplamente.

A alopecia areata pode ocorrer em qualquer idade, mas acomete normalmente adolescentes e jovens adultos.

A doença não está ligada à calvície comum, cujo aparecimento é resultado dos hormônios.

Cientistas dizem que, como os mecanismos por trás do problema são diferentes, é pouco provável que o tratamento tenha resultados parecidos em pacientes portadores da alopecia tradicional.

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